Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
06/08/2011 | Dama de ferroAs supostas críticas indiretas do ex-ministro Nelson Jobim à presidente Dilma Rousseff, quando ele elogiou o ex-presidente Fernando Henrique pela sua capacidade de nunca levantar a voz ou constranger auxiliares, são repetidas em Brasília por governistas, embora ninguém tenha coragem de falar publicamente. O tratamento dispensado por Dilma a ministros, assessores e políticos aliados já provoca, nos bastidores, mágoas e descontentamentos com a presidente.
O ministro da Fazenda, porém, já parece estar acostumado com as broncas de Dilma, mas quem não está acostumado se assusta. Há assessores que temem despachar com a presidente por causa do temperamento dela. "Uma coisa é esse comportamento quando tudo vai bem e a popularidade está elevada. Mas as mágoas ficam. Quando era o Lula, ele sabia dar bronca, mas nunca humilhou ninguém", observa um desses ministros incomodados.
Um senador do PT, por exemplo, confidencia que já ouviu queixas de vários ministros, dos mais poderosos até os menos importantes. E esse senador não hesita em declarar: "A última coisa que eu queria era ser ministro da presidente Dilma".
Ao contrário do que acontecia com seu antecessor, que mesmo dando broncas cativava seus auxiliares de governo e quase todos que tinham contato com ele se sentiam queridos, com Dilma ninguém ousa dizer que é amigo. Pelo contrário, o clima é de medo no Planalto.
A presidente não faz questão de disfarçar quando está irritada ou incomodada com algo. O primeiro sinal seria o “olhar fuzilante”, o prenúncio de uma possível bronca. Mas quando ela pergunta “Qual foi a parte que eu falei que você não entendeu, meu filho?”, o interlocutor já sabe que vem chumbo grosso pela frente.
FONTE: Agência Brasil
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