VISUALIZAÇÕES

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DO EXÉRCITO QUAIS OS MATERIAIS DE ARTILHARIA SERIAM MAIS CONVENIENTES DE SEREM ADQUIRIDOS?

ANTES DE MAIS NADA, HÁ QUE SE TRAÇAR UMA TENDÊNCIA FUTURA PARA A ARTILHARIA DE CAMPANHA.
DAS ANÁLISES DOS MATERIAIS EXISTENTES E EM DESENVOLVIMENTO, PODE-SE INFERIR ALGUMAS TENDÊNCIAS:
a.    Aumento do alcance máximo de tiro: para além dos 30 km com munição convencional e acima dos 50 km com munição assistida. Com a munição Excalibur (EUA) tem-se atingido alcances acima de 50 km e com a munição V-LAP (África do Sul) alcances de 70 km.
b.    Capacidade rápida de entrar e sair de posição. O Archer (Sueco) possui uma cadência máxima de tiro de 8 a 9 tiros por minuto. É capaz de realizar impactos simultâneos de múltiplas granadas (MRSI), com 6 granadas em 30 segundos, cada uma em diferentes trajetórias, de modo que todas cheguem no alvo ao mesmo tempo. O Archer transporta 20 granadas. Leva apenas 30 segundos para parar e estar pronto para o tiro. Sai de posição em 30 segundos, o que permite evitar os fogos de contrabateria.
c.    Aumento da cadência de tiro: de 6 a 10 tiros por minuto.
d.    Capacidade de projeção e rápida intervenção: de forma a serem empregues em forças de reação rápida. Os materiais, de acordo com o seu peso e volume, devem ter a possibilidade de serem facilmente transportados pelos atuais meios de transporte aéreo.
e.    Carregamento de menores quantidades de munições nas peças: de 20 a 30 granadas por peça, exigindo a proporção de uma viatura remuniciadora por peça. Quando se adquirir o armamento (obuseiro) não esquecer de comprar as viaturas remuniciadoras, correndo o risco de deixar o sistema linha de fogo comprometido, sem a possibilidade de realizar o remuniciamento ou adaptar com um caminhão 5 ton na função de remunicadora. O maior absurdo seria destinar uma caminhão 5 ton como remuniciadora de um M109 A5.
f.      Carregamento automatizado de granadas: sistemas modernos eliminar a participação de serventes nos carregamentos das granadas. Sistemas automatizados trazem um ganho enorme, o que permitirá reduzir efetivos e racionalizar meios.
g.    Localização geográfica (topográfica) das peças em tempo real: por meio de navegação inercial, GPS, etc. Isso reforça a idéia de que, quando se comprar um determinado material, deve-se adquirir o seu sistema de localização em tempo real, o que permitirá reduzir efetivos e racionalizar meios.
h.    Redução da guarnição das peças. Materiais mais modernos, de alta tecnologia, ou em desenvolvimento, projetam uma guarnição de até 2 (dois) homens (um motorista e um servente), além de dispensar levantamentos topográficos, turmas de reconhecimentos, etc.
i.      Integração dos subsistemas de Artilharia busca de alvos, observação, central de tiro, comunicações e linha de fogos, por meio de programa de computador. A generalização do uso dos sistemas de navegação por GPS, associados aos mais variados desenvolvimentos a nível das tecnologias da informação e sistemas de C2, permite à Artilharia ocupar posições e efetuar missões de tiro de forma precisa e eficaz em curtos espaços de tempo, bem como o controle da direção do tiro, com elementos individualizados, permitindo a utilização dos quadros de tiros adequados à tipologia dos objetivos. A nível de C2, destaca-se a transmissão automática de dados dos elementos de tiro, de forma individualizada para cada unidade de tiro das baterias, o que pode transformar cada um dos obuses em sistemas autônomos, permitindo a execução de fogos de eficácia sem regulação de fogos.
j.      Adoção do calibre 155 mm e tubos de 52 calibres. Como requisito da OTAN, verifica-se um campo de atuação cada vez mais reduzido para o calibre 105 mm, normalmente adotado para equipar unidades aerotransportadas. A tendência de mercado e desenvolvimento de sistemas passa pela generalização do calibre 155 mm, com múltiplas configurações e modelos de comprimento dos tubos e volume das câmaras (mais de 36 para os sistemas 155 AP). Verifica-se, ainda, uma uniformização na adoção de sistemas ultra-leves 155 mm/L52 modelo OTAN, recorrendo a novas ligas de titânio mais resistentes e leves, e carregamento automático, o que permitem obuses 155 mm mais leves, maior cadência de tiro e alcances na ordem dos 40 km, utilizando munições convencionais. Esta configuração está em utilização na missão da OTAN no Afeganistão, permitindo cadências de 6 tpm, alcances na ordem dos 42 km e pode chegar aos 55 km com munições especiais. Utilização de obuseiros autopropulsados em veículos sobre rodas, em detrimento das viaturas de lagartas, as quais devem ser mantidas para as brigadas pesadas ou blindadas.
k.    Emprego de munições inteligentes com alcances e níveis de precisão cada vez maiores (Copperhead, Excalibur, Bônus, etc.). O surgimento dos mais variados tipos de munições inteligentes que permitem o guiamento terminal, podem ter submunições com sensores na respectiva espoleta e possibilitam a introdução de correções durante a sua trajetória. Desta forma, a evolução nas munições de Artilharia de Campanha permite atualmente o seu emprego, de forma “cirúrgica” com um erro circular mínimo, sobre alvos em movimento com elevada proteção, minimizando eventuais danos colaterais na área do objetivo. Este fato, associado aos baixos tempos de reação, torna o emprego destas munições essencial para serem utilizadas em alvos de oportunidade. A ogiva BONUS 155 milímetros é componente de uma granada de Artilharia anti-carro do tipo atire-e-esqueça, para atacar qualquer veículo blindado, incluindo Artilharia autopropulsada. Ela é compatível com a maioria das armas de Artilharia existentes e manuseada como qualquer granada padrão. A propulsão do corpo da granada, que transporta duas submunições de espoletas sensoras, faz alcançar 35 km. Cada uma das submunições pode atingir um alvo. Uma vez lançado, a ogiva Bônus procura uma área de 200 m de diâmetro. Imediatamente um alvo é detectado dentro dessa área e destruído por uma munição perfurante através de seu teto, devastando seu interior. O Bonus detecta e identifica alvos por processamento de imagens recebidas de sensores IR, que varia sobre diversas freqüências e depois combina os resultados com dados recebidos de um sensor de perfil. Ao medir o perfil de alvo e, em seguida, compará-lo com os resultados recebidos dos sensores IR, alvos compensadores podem ser separados dos falsos. Esta combinação de sensores também significa que Bonus é eficaz contra alvos fornecidos com sistemas de proteção passiva e ativa. A munição de Artilharia Excalibur de 155 milímetros é uma granada corrigível e guiada por GPS. A parte traseira da granada está equipada com asas rotativas de estabilização e na parte da frente existem asas para orientação da trajetória. A munição Excalibur pode alcançar aproximadamente 50 km. O vôo da granada começa a ser guiado  para alvo depois de atingir o ápice da trajetória para um percurso pré-programado pelo sistema de navegação GPS com suporte e sistema de orientação. A Granada de Artilharia de Longo Alcance e Velocidade Aumentada (V-LAP), de 155 milímetros, foi anunciada no final de 1996, embora o trabalho de desenvolvimento tinha sido anos antes. A Denel foi responsável pelo desenvolvimento do V-LAP, que tem um alcance máximo de mais de 50.000 m. Maiores detalhes sobre a munição V-LAP ainda têm de ser liberados. No início de abril de 2006, um PzH 2000 alemão disparou uma granada V-LAP a 56 km, usando seis cargas de propulsão DM72 e uma elevação, limitada por restrições de segurança, para 737 milhas durante os ensaios na África do Sul. Em 11 de abril, uma peça de Artilharia Denel G6-52L atirou granadas V-LAP a 75 km. A munição teria sido condicionado a 50° C, como parte de uma qualificação de segurança e foi atirado de uma elevação de 1.000 m acima do nível do mar na província do Cabo do Norte. A Somchem está atualmente desenvolvendo um granada de maior alcance, conhecido como Pro-Ram, para estender o alcance máximo para pelo menos 70.000 m. A granada de 155mm Copperhead M712, guiada por laser até um alvo, foi a primeira munição inteligente de Artilharia a ser desenvolvida. A precisão é de centímetros e. A munição é capaz de destruir alvos blindados e comuns a mais de 6 km, postos de observação, instalações de radares, dentre outros.
l.      Capacidade para realizar o tiro de impactos simultâneos de granadas múltiplas (MRSI). Para qualquer velocidade inicial há uma trajetória acentuada (> 45 ° linha, sólido) e uma menor (<45 ° linha, tracejadas). Sobre essas diferentes trajetórias, as curvas têm tempos de vôos diferentes. Esta é uma versão moderna do antigo “hora no alvo”, conceito em que os tiros de armas diferentes foram programados para chegar no alvo ao mesmo tempo. É possível para a Artilharia moderna, controlada por computador, atirar com mais de uma trajetória em um mesmo alvo, com curvas que chegam simultaneamente, o que é denominado de impacto simultâneo de múltiplas granadas (MRSI). Isso é porque existem mais de uma trajetória para os vôos das granadas para qualquer destino especificado: tipicamente uma menor de 45 graus da horizontal e outro acima dela, e, variando a quantidade de propelente em cada granada, é possível criar múltiplas trajetórias. Porque as trajetórias do arco superior levam mais tempo para atingir o alvo e as granadas são disparadas primeiro e, em seguida, são disparadas as de trajetórias inferior, chegando ao mesmo tempo. Isso é útil porque muitas granadas podem atingir o alvo, sem aviso prévio, ao mesmo tempo de carregar e recarregar, permitindo fugir ou se esconder após os disparos. Além disso, se armas em mais de um local estão disparando em um alvo, com um sincronismo cuidadoso, elas podem  proporcionar uma proteção em terra, ao mesmo tempo e pelo mesmo motivo. Exemplos de armas MRSI são: G6-52 da Denel, África do Sul, que pode disparar seis granadas simultaneamente em alvos a, pelo menos, 25 km de distância; Panzerhaubitze 2000, da Alemanha, que pode disparar cinco granadas simultaneamente em alvos a, pelo menos, 17 km  de distância; dentre outras.
m. Disponibilidade de sistemas de Comando e Controle (C2) cada vez mais desenvolvidos e com maior capacidade de processar informação.
n.    Possibilidade de atribuir missões táticas de Artilharia a frações menores do que uma Bateria de Obuses. Para tanto, deve-se adquiri materiais mais modernos.
o.    Adoção de simuladores de tiro, para economizar munição.
ABAIXO SÃO LISTADOS ALGUNS MATERIAIS EM USO NO MOMENTO E EM DESENVOLVIMENTO 
 
1.      XM1203 NLOS-C (Non-Line-of-Sight Cannon  ou canhão fora da linha de visada)
O XM-1203 NLOS-C substituirá o obuseiro autopropulsado M-109 A6 Paladin no Exército dos Estados Unidos da América (EUA). Ele começou a ser desenvolvido em 2008, quando passou a utilizar tecnologias desenvolvidas para o obuseiro autopropulsado Cruzader (projeto cancelado pelos EUA), tais como: o canhão L38 de 155 mm e o carregamento automático capaz de disparar granadas convencionais a distâncias de 30 km.
O canhão é mais leve do que o do M-777 e do obuseiro autopropulsado M-109 A6. Ele será capaz de atirar com as novas granadas M-982 Excalibur (guiada por GPS) até o alcance de 57 km, com grande índice de precisão e margem de erro de apenas 10 metros, índice equivalente ao dos mísseis Tomahawk.
O sistema de carregamento automático proporciona uma cadência de 10 tiros por minuto e a diminuição da guarnição do veículo para apenas dois tripulantes, que cuidam da pilotagem e do controle de tiro. Serão transportadas 24 granadas por veículo e o remuniciamento não necessita de serventes do XM-1203.
O XM-1203 possui a capacidade de impactos simultâneos de granadas múltiplas (Multiple Round Simultaneous Impact – MRSI) sobre o mesmo alvo, executado por múltiplos disparos feitos com diversas trajetórias para que as granadas caiam no alvo ao mesmo tempo, o que possibilita destruir alvos reforçados com maior rapidez.
A precisão conseguida pelo XM-1203 tem origem na sua integração com uma rede de outros sistemas de armas, como veículos aéreos não tripulados (VANT), satélites e rede GPS, fornecendo dados do alvo em tempo real, que alimentam o computador de tiro do sistema SOSCOE (System of Systems Common Operating Environment), que calcula os parâmetros do tiro para o XM-1203.
A blindagem do XM-1203 é composta de cerâmica, capaz de proteger os tripulantes de impactos de granadas RPG, muito utilizadas nos atuais conflitos do Iraque e do Afeganistão, além de proteção para ambientes nuclear, bacteriológico e químico (NBQ).
A carroceria do XM-1203 foi desenvolvida para ser usada em todos os veículos do sistema FCS (Sistemas de Combate do Futuro), assim, há 80% de comunicabilidade entre a carroceria do XM-1203 com os outros veículos que estavam sendo desenvolvidos dentro do programa FCS.
A propulsão é um dos pontos fortes da revolução que esses veículos representam para a Infantaria; sendo híbrida, composta por um motor diesel e um motor elétrico, que permitem grande redução do consumo de combustível, associada a uma operação mais silenciosa. Esse propulsor leva o XM-1203 a uma velocidade máxima de 90 km/h em estrada, ou 56 km/h em terreno irregular.
O desempenho e a autonomia ainda são informações sigilosas, embora possa se presumir ser um pouco menor do que o M-109 A6, uma vez que motores elétricos têm apresentado menores autonomias em veículos de passeio. Muitos dados sobre o XM-1203 são sigilosos por enquanto.
Outra característica interessante sobre o XM-1203 é que ele foi desenvolvido para ser facilmente transportado por um avião C-130 Hércules ou pelo novíssimo A-400 da EADS, por isso ele é mais leve, além de menor do que o M-109 A6, que ele substituirá.
O XM-1203 representa o estado da arte em sistemas de artilharia com obuseiros autopropulsado e, quando entrar em serviço, por volta de 2014, será o mais capaz sistema de Artilharia com do gênero no mundo.
Dados técnicos: motor híbrido, diesel e elétrico; peso 24 toneladas (carregado); autonomia de 300 km (estimado); velocidade de 90 Km/h em estrada ou 56 km/h em terreno irregular; canhão RheinmetallL-52 (52 calibres) de 155 mm e uma metralhadora Rheinmetall MG-3 em calibre 7,62X51 mm; alcance das granadas: convencional: 30 km e granada M-982 Excalibur: 57 km; cadencia de tiro: 10 tiros por minuto; tripulação: 2 homens.
2.      Obuseiro M 109 A6 – Paladin
O M109 A6 Paladin é uma versão atualizada da família de obuseiros autopropulsados 155mm M109, que foi introduzida no início dos anos 1960. O Paladin entrou em serviço no Exército dos EUA em 1991. A produção cessou em 1999. Um total de 950 sistemas de Artilharia foram construídos para o Exército dos EUA. O Paladin possui sistema de controle navegacional e automático de tiro.
Com o cancelamento do programa Crusader, o Exército dos EUA continuará a contar com o M109A6 Paladin até ser substituído pelo futuro sistema de Artilharia NLOS-C (Non-Line-of-Sight Cannon  ou canhão fora da linha de visada).
O M109 A6 Paladin tem uma torre maior e o canhão M284 155 mm / L39 (39 calibres), equipado com sistema de carregamento semi-automático. O alcance máximo é de 24 km com granadas padrão e de 30 km com munição assistida. A sua cadência é de 4 tiros por minuto. A razão sustentada é de uma granada a cada três minutos.
Alguns M109 A6 Paladins do Exército dos EUA estão sendo equipados com kits de modificações de tiro XM982 para as granadas Excalibur de maior alcance e precisão, as quais são guiadas por GPS. A munição Excalibur tem um alcance máximo de 40 km.
O Paladin pode parar e atirar em menos de 60 segundos. A rápida mudança de posição evita os fogos de contra-bateria e dá a capacidade de reconhecer e atirar.
O M109 A6 é equipado com sistema automático de controle de tiro, navegação integrada e sistema de posicionamento inercial. Também é equipado com sistema medidor de velocidade inicial.
A blindagem do Paladin fornece proteção contra pequenas armas de fogo e estilhaços de granadas de Artilharia. O veículo é equipado com sistema de proteção NBC. A torre está equipada com revestimento Kevlar anti-Spall. O veículo é alimentado pelo motor diesel Detroit 8V71T, desenvolvendo 440 hp. Alguns Paladins serão atualizados com motor a diesel Cummins de 600 hp.
O Paladin é apoiado pelo veículo de remuniciamento M992, que pode transportar um máximo de 93 granadas.
O M109A6 PIM (Gerenciamento Integrado do Paladin) é a mais recente atualização do Paladin. O primeiro protótipo foi apresentado em 2007. Os Paladins PIM terão novos carregadores automatizados e alguns componentes do programa Cruzado, que foi cancelado.    
3.      Programa de Gerenciamento Integrado do Paladin M109A6 (M109A6 PIM)
O programa de Gerenciamento Integrado do Paladin M109A6 (M109A6 PIM) é um sistema de Artilharia de 155 milímetros de 39 calibres, semi-automatizado, com ar-condicionado e controlado eletronicamente, projetado para atender às necessidades dos módulos de combate brigada pesados (HBCTs) do Exército dos EUA.
O Paladin é o sistema básico de apoio de fogo indireto para os HBCTs e o M109A6 PIM é um programa vital de tecnologia de aprimoramento para manter a capacidade de combate dos HBCTs. O M109A6-PIM resolverá, a longo prazo, a disponibilidade e as necessidades de modernização da família de veículos M109, que inclui o veículo de apoio de munições M992, por meio de um plano de produção e redesenho, que utiliza a mais avançada tecnologia, hoje disponíveis, para prestar um serviço mais robusto e capacidade de resposta de apoio de fogo para o HBCT.
O M109A6 PIM utiliza o armamento principal existente e a estrutura da cabine recentemente projetada, enquanto substitui os componentes ultrapassados do chassis com os avanços automotivos, tais como: os conjuntos de força e componentes da suspensão dos Sistemas de Combate Bradley, para aumentar a durabilidade e a semelhança dos outros veículos do HBCT.
O M109A6 PIM é considerado o melhor projeto de custo-benefício para melhorar significativamente a durabilidade e a sobrevivência, reduzindo a carga logística no HBCT e apoiar as brigadas de fogo. O programa será executado como uma parceria público-privada entre o Gerente do Projeto HBCT do Exército, o Depósito Anniston do Exército e a BAE Systems.
4.      Obuseiro 15mm M 109 A5
Acerca da evolução dos M109 (da versão original, A1 a A6), cada versão trouxe uma série de inovações, sendo as mais importantes as substituições de torres, canhões (tubo, culatra e mecanismos), caixas de transmissão, geradores, lagartas, sistemas de carregamento, de posicionamento e de controle de tiro, proteção Química, Biológica e Nuclear (QBN) e melhoramentos de Confiabilidade, Disponibilidade e Mantenabilidade (sigla RAM em inglês).
Da versão M109 A3 para o M109 A5, ocorreram várias modificações, sendo as principais: substituição da torre para o modelo M182, do canhão para o M284 de 39 calibres (razão entre o comprimento do tubo e o calibre – 155mm), aumento do alcance máximo de tiro (de 24 km para 30 km, com a munição assistida “Rocket Assisted Peojectiles” - RAP), substituição do gerador para um de 180 Amp, proteção QBN e melhoramentos de confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade.
O M109 A5 possui as seguintes características: o mesmo chassis da família M109; torre M182; canhão 155mm M284 de 39 calibres; gerador de 180 Amp; tripulação de 6 militares; carrega 34 tiros embarcado; cadência de 4 tiros por minuto; alcance máximo de 24 km (munição convencional) a 30 km (munição assistida - RAP); proteção QBN; velocidade de 60 km/h (35 mph); autonomia de 360 km (220 mi); e peso de 25 t.
A viatura M992 FAASV realiza especificamente o remuniciamento dos tiros de Artilharia. O Exército dos EUA utiliza essa viatura na dosagem de 1 (um) M992 FAASV para 1 (um) M109 (Paladim). No momento, existem 3 versões do M992, da original (de 1982) até a versão A2 (de 1993). O que se estaria oferecendo são 30 (trinta) M992 FAASV da versão original, que possuem os patins da lagarta T-136 (fora de linha nos EUA, pois as novas versões usam os patins T-154). Da mesma forma, os M992 continuarão em uso até 2080 (100 anos de uso).
O M992 FAASV (versão original) possui as seguintes características: o mesmo chassis da família M109; motor 405 hp; gerador de 110 Amp; caixa de transmissão XTG 411-2; patins T-136 (fora de linha); carrega 90 tiros 155mm; tripulação de 3 militares; velocidade de 60 km/h (35 mph); autonomia de 360 km (220 mi); e peso de 28 t.
A viatura M548, de multi-propósitos, poderá servir para: manutenção, apoio logístico e carregar diferentes tipos de material, até mesmo munição, contudo para esse fim ela não possui os acondicionamentos que existem nos M992, que foram fabricados especialmente para o transporte de 90 tiros 155mm, na forma desencartuchada.  O M548 tem por base o chassis do M113, ideal para manutenção e apoio logístico. A desvantagem é de que o M548 não possui a proteção blindada no topo, onde ela é coberta por um toldo.
5.      PzH 2000
O obuseiro autopropulsado Panzerhaubitze 2000 (PzH 2000) de 155mm foi desenvolvido pelas empresas Krauss-Maffei Wegmann (KMW) e Rheinmetall para o Exército Alemão. O PzH 2000 é um dos mais sofisticados sistemas de Artilharia em operação e dota os exércitos da Alemanha (185 peças), Itália (70 peças), Grécia (24 peças) e Holanda (57 peças).
O PzH 2000 é montado no chassis do carro de combate Leopard 2 (motor de 1000 HP), possui como armamento principal o canhão L52 de 52 calibres, pesa cerca de 55 toneladas, pode disparar com munição standard (padrão OTAN) a distâncias de 30 km e usando munição assistida alcança até 40 km, tendo a cadência de 10 tiros por minuto e carregamento automatizado.
Ele pode realizar o tiro de impacto simultâneo de granadas múltiplas (MRSI) e acondiciona 60 granadas. Além disso, recebe dados do alvo via datalink e aponta automaticamente. A guarnição é de 5 serventes, incluindo comandante, um apontador, dois carregadores (empregados quando ocorre falha no carregamento) e motorista. O engajamento do alvo pode ser realizado por dois serventes, assim como o remuniciamento por dois serventes, no tempo menor do que 12 minutos.
Além do PzH 2000, a possibilidade de instalação do sistema em outras plataformas foi estudada. Em 2008, um sistema derivado do PzH 2000, com a mesma peça de Artilharia mas em outro chassis mais leve, foi apresentado pela KMW e pela Steyr-Daimler Puch, o braço europeu da General Dynamics. Trata-se do DONAR, sistema que combina a arma da Rheinmetal e parte da torre do PzH-2000, com o chassis do veículo blindado austríaco ASCOD / ULAN.
O obuseiro autopropulsado 155m AGM (Artillery Gun Module) também é uma variante do PzH 2000, montado em um chassi M270 MLRS. Esse sistema é operado por uma tripulação de dois serventes. É uma alternativa mais leve ao PzH 2000 e oferece o mesmo desempenho.
6.      Obuseiro 155mm Autopropulsado DONAR
O obuseiro autopropulsado 155mm DONAR (Deus Trovão - Thor) foi desenvolvido pela Kraus-Maffei Wegmann e General Dynamics. Esse sistema de Artilharia foi concebido para ser mais rápido, leve, potente e eficiente do que o PzH 2000. O Donar já completou uma série de teste, o qual será voltado para o mercado de exportação.
O Donar está equipado com torre rotativa, armado com canhão de 155 mm / L52 (52 calibres), possibilita carregamento totalmente automático. Ele tem um nova unidade automática do bloco da culatra. O veículo tem uma guarnição de apenas dois serventes.
O desempenho é semelhante ao do PzH 2000, no entanto, significativamente mais leve e mais barato. O carregamento de munição do Donar foi reduzido para 30 granadas. O alcance máximo depende da granada e da combinação de cargas. O alcance máximo é de 30 km para munição padrão e de 40 km com munição assistida. Porém, usando a granada sul-africana VLAP, pode alcançar 56 km. A cadência é de 6 tiros por minuto, no entanto, ela pode ser aumentada para 8. O Donar é capaz de usar a munição de impacto simultâneo de múltiplas granadas (MRSI).
A cabine blindada da tripulação fornece proteção contra pequenas armas de fogo e estilhaços de Artilharia.
Esse sistema de Artilharia usa um chassi modificado da General Dynamics ASCOD 2 IFV. Veículo está equipado com um motor diesel MTU, desenvolvendo 720 cv de potência, e uma unidade auxiliar de potência. Vale ressaltar que a torre do Donar pode ser montada em uma variedade de veículos de rodas. O sistema de artilharia pode ser levado de helicóptero pelo Airbus A400M, no entanto, é muito grande para o C-130 Hércules e C-160 Trasall.
7.      Obuseiro 155mm Autopropulsado AS 90 (Sistema de Artilharia 90)
O obuseiro autopropulsado AS90 tem origem no programa SP70, que foi cancelado no final de 1980, devido a problemas financeiros. O AS90 foi desenvolvido pela empresa Vickers e entrou em serviço no Exército britânico em 1993. Um total de 179 AS90 foram fabricados para o Exército britânico, substituindo os FV433 e os M109 dos EUA.
O AS90 é equipado com obus 155 mm / L39 (39 calibres) e desenvolvido a partir do chassis FH70. É equipado com sistema de carregamento automático e compatível com todas as munições 155 milímetros do padrão OTAN. Ele tem alcance máximo de 24,7 km com granada HE-FRAG e 32 km com munição assistida. Cumpre missões com 48 granadas e possui a cadência máxima de 6 tiros por minuto.
 A blindagem do veículo protege contra pequenas armas de fogo e estilhaços de granadas de Artilharia. O carro está equipado com proteção NBC, possui sistema de supressão automática de incêndio e é movido pelo motor turbo diesel Cummins VTA903, de 660 cavalos de potência. A transmissão pode ser removida em condições de campo durante uma hora. O AS90 também é equipado com uma unidade auxiliar de potência, que fornece energia a todos os sistemas quando o motor principal é desligado, bem como possui componentes automotivos do carro de combate Challenger.
O AS90 é apoiado pelo veículo de suporte logístico de alta mobilidade 8x8 Foden DROPS, equipado com sistema de manuseio de carga. Ele é usado para o transporte de munição e o caminhão pode levar um motor de substituição para o AS90 em seu trailer.
Um variante do AS90, modificado para uso no deserto, é o AS90D (deserto), o qual é equipado com proteção térmica para a guarnição e arrefecimento melhorado para o motor.
O programa de atualização do AS90 (AS90 Braveheart) é planejado com a arma 155mm / L52 (52 calibres), que aumentará o alcance máximo para 30 km com granada padrão e 40 km com munição assistida. Esse projeto foi concluído. 
O obuseiro autopropulsado polonês Krab é equipado com a torre AS90 Braveheart sobre um chassi modificado do carro de combate T-72. Esses requisitos poloneses são para 80 obuses deste tipo.
8.      Obuseiro 155mm AP Archer (Sueco)
O Obuseiro 155mm AP Archer (Arqueiro) é um sistema de Artilharia de última geração.  Ele foi desenvolvido para substituir os obuseiros auto rebocados da série FH, FH 77A e 77B. O desenvolvimento desse sistema começou em 2003, cuja produção em série teve início em 2010. Espera-se que ele entre em operação nos exércitos sueco e norueguês em 2011. Vários países manifestaram interesse em adquirir esse sistema.
O sistema é uma evolução do obuseiro 155mm 77B. O canhão foi estendido para 52 calibres para dar maior alcance do fogo. O Archer tem uma resposta rápida e sistema de carregamento automático. O alcance máximo de fogo é de 30 km com granada comum e de 40 km com munição assistida.
Ele também dispara granadas de precisão guiadas por GPS Excalibur, chegando a um alcance máximo de 60 km. Também é compatível com as granadas de precisão Bonus.
Possui uma cadência máxima de fogo de 8 a 9 tiros por minuto. É capaz de realizar impactos simultâneos de múltiplas granadas (MRSI), com 6 granadas em 30 segundos, cada uma em diferentes trajetórias, de modo que todas cheguem no alvo ao mesmo tempo.
O Archer transporta 20 granadas. Leva apenas 30 segundos para parar e estar pronto para o tiro. Sai de posição em 30 segundos, o que permite evitar os fogos de contrabateria.
O Arqueiro tem uma guarnição de quatro pessoas, composto por um motorista e três serventes. Se necessário esse sistema pode ser operado por apenas dois homens (motorista e um operador). O sistema é operado remotamente a partir da cabine.
A cabine e o sistema de Artilharia do Archer são protegidos contra disparos de armas pequenas e fragmentos de Artilharia. Está equipado com sistema automático de extinção de incêndios. Vale ressaltar que apenas as partes vitais do sistema estão protegidos. A cabine é equipada com sistema de proteção NBC e fornece algum grau de proteção contra as minas terrestres.
O sistema de artilharia Archer é montado sobre o chassis de um caminhão articulado comercialmente disponível, 6x6, Volvo A30D. O veículo é equipado com equipamento de emergência de condução, o que torna possível dirigir com todas as rodas furadas. O Archer pode ser transportado por via aérea, como o avião Airbus A400M.
O Archer é recarregado por veículo de remuniciamento. Para cada sistema de Artilharia é atribuído um veículo de remuniciamento. O tempo de remuniciamento é de até 8 minutos. Se necessário, o canhão pode ser carregado sozinho pelo pessoal de reabastecimento. Ao Archer também é atribuído um veículo de apoio (manutenção) por unidade, o qual conduz o reabastecimento e a simples manutenção.
9.      Obuseiro 155mm AP Ceaser (França)
O obuseiro autopropulsado caminhão 155mm Caesar francês foi desenvolvido pela GIAT. O Caesar foi revelado em 1994. Em 2003, cinco sistemas foram entregues para avaliação do Exército francês. A primeira produção de veículos foi entregue em 2007. O Exército Francês encomendou um total de 72 sistemas para substituir o TRF1 auto rebocado.
O Caesar é equipado com canhão 155 mm/L52 (52 calibres) e sistema de carregamento semi-automático. Ele atira com todas munições 155 mm padrão OTAN. O alcance máximo com munição padrão é de 34 km e de 42 km com munição assistida. Tem uma cadência máxima de 6 tiros por minuto. O veículo transporta 18 granadas completas. Ele é equipado com uma unidade auxiliar de potência.
O Caesar tem uma cabine blindada que protege os membros da tripulação durante o deslocamento. Acomoda uma guarnição de seis serventes e oferece proteção contra pequenas armas de fogo e estilhaços Artilharia. O Caesar sai de posição em menos de um minuto, o que permite evitar fogos de contrabateria.
Veículo está equipado com o sistema de controle de tiro informatizado Hit FAST, radar de velocidade inicial e sistema de navegação com GPS. Ele fornece terminais a bordo de comunicação e gestão da seqüência de tiro.
Protótipos desse sistema de Artilharia usou chassis do caminhão 6x6 Mercedes-Benz Unimog. Os sistemas produzidos para o Exército francês são montados sobre o chassi do caminhão 6x6 Renault Sherpa 5. Ele é equipado motor diesel turbo dCI 6 da Renault, o qual tem 240 cavalos de potência. Veículo está equipado com um sistema central de pressão dos pneus, que é ajustado a partir do assento do motorista. O Caesar é aerotransportável de helicóptero e pela aeronave de transporte C-130 Hércules.
Uma bateria de oito peças Caesars pode dispersar mais de um tonelada de granadas em um minuto. Uma salva de seis rodadas de carga Ogre lança 378 bombas e satura área de 3 hectares. Cada Caesar é escoltado por um veículo de remuniciamento.
10.  Obuseiro 155mm FH 77 B05 L52
O obuseiro 155mm FH 77 B05 L52 (52 calibres) é um dos mais avançados sistemas de armas, com navegação integrada, capacidade de cálculos balísticos de tiro e sistema de posicionamento e pontaria automatizado, com alto nível de autonomia, comunicação rádio entre as peças e baterias com alcance de 5 km, e outros tantos benefícios, incluindo a capacidade de impacto simultâneo de 5 granadas múltiplas (MRSI) no mesmo alvo.
O novo computador de tiro tem interface com os PC comuns, o que facilita treinamentos e a operação de computadores. Muito dos procedimentos são automáticos, como pontaria indireta e execução de tiros MRSI, cuja automação permite aumentar a velocidade, a precisão e a segurança do tiro. O alcance com munição HEER/M982 é de 40 a 60 km.
11.  Obuseiro M777
O Obuseiro M-777, peça de Artilharia auto-rebocada de 155 milímetros, é fabricado pela Divisão de Sistemas de Combate Global da BAE Systems e apresenta-se como sucessor do Obuseiro M-198 do Corpo de Fuzileiros Navais e do Exército dos Estados Unidos. O M-777 também é usado pelo Exército canadense e operou no Afeganistão, desde fevereiro de 2006, utilizando a munição Excalibur orientada por GPS.
O M-777 começou como um obuseiro ultra leve, desenvolvido pela divisão de armamentos em Barrow-in-Furness, no Reino Unido. Em 1999, após aquisição pela BAE Systems, ele foi incorporado por aquela empresa em seus novos sistemas de defesa. Embora desenvolvido por uma empresa britânica, a montagem final é nos EUA. O M-777 utiliza cerca de 70% de peças construídas nos EUA, incluindo o tubo que é fabricado pela Watervliet Arsenal.
O M-777 é menor e 42% mais leve do que o M-198 (menos de 4.100 kg), que ele substitui. A maior parte da redução de peso é devida ao uso de titânio. Os menores peso e tamanho permitem que o M-777 seja transportado pelo MV-22 Osprey, helicóptero CH-47 ou caminhão com facilidade, para que ele possa ser movido dentro e fora do campo de batalha mais rapidamente do que o M198. O pequeno tamanho também melhora a eficiência de armazenamento e transporte em armazéns militares e transporte aéreo e naval. A guarnição da peça necessária é de no mínimo de cinco serventes, em comparação com o tamanho anterior de nove.
O M-777 utiliza sistema de direção e controle de tiro digital semelhante ao adotado no Obuseiro autopropulsado M109A6 Paladin, proporcionando navegação, pontaria e auto- localização, permitindo que ele seja colocado em ação mais rapidamente do que os obuseiros anteriores auto-rebocados e aerotransportados.
O M-777 canadense em conjunto com as tradicionais "torres / visores de vidro e ferro" também usa um sistema de controle de tiro digital chamado de Sistema de Gerenciamento do Canhão Digital (DGMS), produzido por SELEX com componentes da Sala Software de Controle do Tiro Indireto (IFCSS ), construído pelo Centro de Engenharia de Software da Força Terrestre Canadense. A parte SELEX do sistema, conhecido como LINAPS, tem sido comprovada em exercício de campanha pelo Light Gun L118 da Artilharia do Exército britânico.
O M-777 é também muitas vezes combinado com as novas munições guiadas por GPS Excalibur, que permite um tiro preciso de cerca de 40 km. Isso quase duplica a área coberta por uma única bateria com cerca de 5.000 km2. Testes no Campo de Yuma Proving pelo Exército dos EUA, colocou 13 dos 14 granadas Excalibur, atirou de até 24 km de distância, dentro de 10 metros de seu alvo, sugerindo um erro circular provável de cerca de 5 metros.
12.  Obuseiro 155 mm G6 SRAP
O obuseiro autopropulsado 155mm G6 é uma arma de longo alcance desenvolvido e produzido pela divisão LIW da Denel, o qual é montado em um chassi Alvis OMC (agora parte da BAE Systems Land Systems). O G6 está em serviço no Exército sul-africano (43 sistemas GV6 Rhino) e também tem sido exportado para os Emirados Árabes Unidos (78 sistemas - G6 M1A3) e Omã (24 sistemas). O G6 é um sistema altamente independente com autonomia de combustível para 700 km, com alcance da arma na faixa de 50 km.
Em 2001, o G6 alcançou 53,6 km usando uma granada de longo alcance de velocidade avançada (VLAP) e o novo sistema de carga bi-modular M64. O VLAP combina uma mistura de tecnologia para motores de foguetes, enquanto o sistema de carga M64 aumenta a velocidade para 910 m/s. O VLAP faz parte da nova munição de 155 mm da Denel. O G6 é operado por uma guarnição de seis serventes.
O canhão 155 milímetros é equipado com um tubo de 45 calibres, um parafuso da culatra do tipo semi-automático e um mecanismo de disparo elétrico.
O obus armazena 45 granadas e 50 cargas. O carregamento de granada semi-automático é realizado por um sistema hidráulico. Dois rampas de carga são instalados na parte traseira para carregamento direto de munição.
A arma é compatível com todas as munições 155 milímetros da OTAN. As granadas ERFB fornecem ao G6 um maior alcance e eficácia terminal, fazendo o G6 ter um alcance nominal de 39 km ao nível do mar.
Dados do alvo são transmitidos do centro de comando e controle para a estação do comandante no compartimento da tripulação por meio de um link de comunicações VHF / UHF. A guarnição aciona a arma, pressionando um botão de auto pontaria e os dados de pontaria são baixados automaticamente para o sistema de arma.
Os equipamentos de pontaria e navegação compreendem um sistema equipado com um  giroscópio a laser e um controle de toque da tela (touchscreen) desenvolvidos pela divisão da Denel Kentron. A arma tem pontaria totalmente autônoma e capacidade de navegação sem a necessidade de levantamento e alinhamento na posição de ocupação. O sistema pode ser conectado a um sistema GPS. O sistema também possui back-up de pontaria. A arma é equipada com uma luneta telescópica montada no munhão para tiro direto de até 3.000 m.
O G6 é equipado com oito lançadores de granadas de fumaça de 81mm. A alta resistência da blindagem protege a tripulação contra pequenas armas de fogo e estilhaços. A tripulação está protegida contra minas de explosão TM46 (ou equivalente), tiros de 20 milímetros de frente, e todos os fragmentos em torno de bombardeio contra impacto e por munição 7.62 mm.
13.  Light Gun versões L-118 e L-199
Light Gun L-118 é um obuseiro leve auto rebocado 105 milímetros, originalmente produzido para o Exército britânico, na década de 1970, e amplamente exportado, desde então, incluindo para os Estados Unidos, onde uma versão modificada é conhecida como M119A1.
Uma versão do Light Gun, conhecida como L-119, tem um tubo diferente (L20) e amplamente usado com a munição tipo M1 dos EUA. O L-119 foi, ainda, mais modificado e produzido sob licença para aprovação pelo Exército dos Estados Unidos.
As versões L-119 e L-118 são virtualmente iguais, sendo apenas a versão L-119 adaptada ao nível do tubo, para permitir o disparo de todas as munições standard NATO.
O L-119 / L-118 pode ser transportado por via aérea (helicópteros Puma e Westland Sea King) e lançado de pára-quedas, diretamente sobre o teatro de operações. A sua principal vantagem é a enorme mobilidade que advém do reduzido peso. Têm também um perfil baixo, o que facilita a sua ocultação, além de a sua operação não exigir uma área para o recuo da peça.
Como pode disparar munição perfurante, em caso de necessidade, pode ser utilizado como arma anti-carro, mas para isso precisa ser utilizado a distâncias muito próximas do alvo, o que torna a peça totalmente inadequada para essa função.
O Light Gun tem sido usado pelas forças britânicas na Guerra das Malvinas, dos Bálcãs, Serra Leoa, Iraque e Afeganistão.
Atualmente, o Exército britânico e a Guarda Territorial implantam o Light Gun em algumas de suas unidades. Outras baterias regulares estão temporariamente convertido para a Light Gun da AS-90 arma de auto-impelido conforme necessário para as operações.
O alcance normal é de 11.5 Km. Com munição assistida (só na versão L-119) chega até 19 Km. O alcance standard da versão L-118 é estimado em 15 Km. Cadência de 6 tiros por minuto (durante 2 minutos) e 3 disparos por minuto, durante meia hora. 
14.  Obuseiro 155 mm G5
O Obuseiro 155mm G5 auto rebocado (AR), de origem sul-africana, é desenvolvido com o auxílio da empresa canadense Space Reserach Corporation e fabricado pela empresa Denel Land Systems.
O canhão G5 é montado em uma versão ligeiramente modificada de um chassis auto rebocado desenhado pela empresa Norinco, que também inclui uma viatura tratora para permitir que ele ocupe posição e mova-se a curtas distâncias com a velocidade de até 16 km / h.
O G5, usando munição normal, o alcance é de 39 km; com munição de base dupla o alcance é de 41 km; e, com munição assistida de carga plena, o alcance pode chegar a cerca de 53 km.
Ele é considerado uma das peças de Artilharia mais potente no campo de batalha moderno. Em 2002, a Denel revelou sua mais recente versão da arma G5 de 52 calibres, conhecido como G5-2000, que aumenta o alcance e a precisão para além da versão anterior de 45 calibres.
A arma G5 foi colocada sobre um chassis OMC 6x6 para torná-lo autopropulsado, denominado de Obuseiro G6, o qual garantiu a exportação dessa versão para os Emirados Árabes Unidos e Omã.
A um pedido da Índia, ele tem sido testado, também, na parte traseira de um caminhão sobre roda 4 × 4, uma combinação conhecida como T5-2000. Também foi instalado em uma torre, que pode ser colocado em qualquer veículo adequado. A torre é comercializado como o T6 que já foi montada no T-72.
15.  Obuseiro 155mm / 52 Santa Bárbara APU SBT-1 (Unidad Auxiliar de Potencia Santa Bárbara Trubia modelo 1)
O Obuseiro 155/52 APU SBT-1, de calibre 155mm e tubo de 52 calibres, é fabricado pela  empresa espanhola Nacional Santa Bárbara. Ele atende ao conceito da Artilharia de Campanha de grande calibre, com baixo custo de manutenção e reduzido número de serventes, proporcionando grande poder destrutivo contra diversos alvos.
O Obuseiro apresenta alta cadência de tiro, alcance máximo de 32 km, com munição normal, e superior a 40 km, com munição assistida, sendo de fácil manutenção, destacada mobilidade e entrada autônoma em posição. Ele possui uma unidade propulsora auxiliar de potência, motor a diesel de quatro tempos, potencia máxima de 78 kW, transmissão hidráulica,  velocidade máxima 18 km/h, que lhe confere mobilidade tática.
16.  Sistema II de Morteiro Blindado 120 milímetros (AMS II)
O Sistema II de Morteiro Blindado 120 milímetros (AMS II) compreende um morteiro montado em um blindado,  com poder de fogo eficaz para um alcance de 9.2 km.
Desenvolvido pela BAE Systems Land Systems, o AMS II é um sistema de armas de apoio de fogo para forças mecanizadas. O sistema de controle de tiro é totalmente integrado e elimina a necessidade de levantamento, permitindo rápido desdobramento e precisão nas missões de tiro indireto e direto. A mais recente versão do sistema incorpora uma nova torre elétrica com base na arquitetura aberta CAN-Bus.
A queima pode ser iniciada por percussão ou eletricamente, permitindo atirar com todo os tipos de munições disponíveis comercialmente para 120 milímetros, incluindo granadas SMART.
O AMS Mk1 está, atualmente, em serviço no Médio Oriente com 73 unidades montadas no chassis LAV 8x8.
17.  155 Bonus Warhead (ogiva)
A ogiva BONUS 155 milímetros é componente de uma granada de Artilharia anti-carro do tipo atire-e-esqueça, para atacar qualquer veículo blindado, incluindo Artilharia autopropulsada.
Ela é compatível com a maioria das armas de Artilharia existentes e manuseada como qualquer granada padrão. A propulsão do corpo da granada, que transporta duas submunições de espoletas sensoras, faz alcançar 35 km. Cada uma das submunições pode atingir um alvo.
Uma vez lançado, a ogiva Bônus procura uma área de 200 m de diâmetro. Imediatamente um alvo é detectado dentro dessa área e destruído por uma munição perfurante através de seu teto, devastando seu interior.
O Bonus detecta e identifica alvos por processamento de imagens recebidas de sensores IR, que varia sobre diversas freqüências e depois combina os resultados com dados recebidos de um sensor de perfil.
Ao medir o perfil de alvo e, em seguida, compará-lo com os resultados recebidos dos sensores IR, alvos compensadores podem ser separados dos falsos. Esta combinação de sensores também significa que Bonus é eficaz contra alvos fornecidos com sistemas de proteção passiva e ativa.
18.   Excalibur
A munição de Artilharia Excalibur de 155 milímetros é uma granada corrigível e guiada por GPS. A parte traseira da granada está equipada com asas rotativas de estabilização e na parte da frente existem asas para orientação da trajetória.
A munição Excalibur pode alcançar aproximadamente 50 km. O vôo da granada começa a ser guiado  para alvo depois de atingir o ápice da trajetória para um percurso pré-programado pelo sistema de navegação GPS com suporte e sistema de orientação.
19.  HEER  
A granada de Artilharia alto explosiva de longo alcance HEER (munição assistida alto explosiva) foi concebida para atingir alcances de até 40 km. Sua capacidade de longo alcance foi obtido por meio da otimização balística externa e pela otimização do corpo da granada, equipando-o com uma unidade base de deslizamento para reduzir o atrito. A granada 155 milímetros Bofors HEER é totalmente compatível com todos os obuseiros de 39, 45 e 52 calibres.
20.  Impactos simultâneos de granadas múltiplas (MRSI)
Para qualquer velocidade inicial há uma trajetória acentuada (> 45 ° linha, sólido) e uma menor (<45 ° linha, tracejadas). Sobre essas diferentes trajetórias, as curvas têm tempos de vôos diferentes. Esta é uma versão moderna do antigo “hora no alvo”, conceito em que os tiros de armas diferentes foram programados para chegar no alvo ao mesmo tempo.
É possível para a Artilharia moderna, controlada por computador, atirar com mais de uma trajetória em um mesmo alvo, com curvas que chegam simultaneamente, o que é denominado de impacto simultâneo de múltiplas granadas (MRSI). Isso é porque existem mais de uma trajetória para os vôos das granadas para qualquer destino especificado: tipicamente uma menor de 45 graus da horizontal e outro acima dela, e, variando a quantidade de propelente em cada granada, é possível criar múltiplas trajetórias.
Porque as trajetórias do arco superior levam mais tempo para atingir o alvo e as granadas são disparadas primeiro e, em seguida, são disparadas as de trajetórias inferior, chegando ao mesmo tempo.
Isso é útil porque muitas granadas podem atingir o alvo, sem aviso prévio, ao mesmo tempo de carregar e recarregar, permitindo fugir ou se esconder após os disparos. Além disso, se armas em mais de um local estão disparando em um alvo, com um sincronismo cuidadoso, elas podem  proporcionar uma proteção em terra, ao mesmo tempo e pelo mesmo motivo.
Exemplos de armas MRSI são: G6-52 da Denel, África do Sul, que pode disparar seis granadas simultaneamente em alvos a, pelo menos, 25 km de distância; Panzerhaubitze 2000, da Alemanha, que pode disparar cinco granadas simultaneamente em alvos a, pelo menos, 17 km  de distância; dentre outras.
21.  155 mm V-LAP round (South Africa), Field artillery
A Granada de Artilharia de Longo Alcance e Velocidade Aumentada (V-LAP), de 155 milímetros, foi anunciada no final de 1996, embora o trabalho de desenvolvimento tinha sido anos antes. A Denel foi responsável pelo desenvolvimento do V-LAP, que tem um alcance máximo de mais de 50.000 m.
Maiores detalhes sobre a munição V-LAP ainda têm de ser liberados. No início de abril de 2006, um PzH 2000 alemão disparou uma granada V-LAP a 56 km, usando seis cargas de propulsão DM72 e uma elevação, limitada por restrições de segurança, para 737 milhas durante os ensaios na África do Sul.
Em 11 de abril, uma peça de Artilharia Denel G6-52L atirou granadas V-LAP a 75 km. A munição teria sido condicionado a 50° C, como parte de uma qualificação de segurança e foi atirado de uma elevação de 1.000 m acima do nível do mar na província do Cabo do Norte. A Somchem está atualmente desenvolvendo um granada de maior alcance, conhecido como Pro-Ram, para estender o alcance máximo para pelo menos 70.000 m.
22.  Coperhead
A granada de 155mm Copperhead M712, guiada por laser até um alvo, foi a primeira munição inteligente de Artilharia a ser desenvolvida. A precisão é de centímetros e. A munição é capaz de destruir alvos blindados e comuns a mais de 6 km, postos de observação, instalações de radares, dentre outros.

FONTE:https://doutrina.ensino.eb.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário