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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ocupação no Complexo do Alemão reduziu feridos por bala no Getúlio Vargas Leia mais sobre esse assunto em http://oreporter.com/detalhes.php?id=65451#ixzz1f5rbqGpD ©2009 - 2011. Todos os direitos reservados a O Repórter.com Ltda Me. Reprodução de conteúdo proibida sem autorização escrita dos editores do portal.



RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - Dados fornecidos pela Secretaria de Saúde revelam queda no número de pessoas baleadas nas proximidades do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro após a pacificação da região realizada em novembro de 2010. Deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas este ano menos 155 pessoas vítimas de perfuração por arma de fogo do que no ano passado (451 baleados), sendo a redução registrada de 34,3 % (dados de janeiro a outubro). Só em outubro deste ano, foram 21 casos contra 54 no mesmo mês de 2010, uma diminuição de 61%.

Também houve menos mortes na comparação entre os dois períodos: no ano passado, de janeiro a outubro, 66 pessoas morreram baleadas. Após a ocupação das forças de segurança o registro de mortes por armas de fogo nas redondezas do complexo, que reúne 13 comunidades, caiu para 28. Além disso, entre os meses de junho, julho e setembro não foram registrados óbitos causados por perfuração por armas de fogo.

A divulgação da queda do número de baleados - um ano após a ocupação das comunidades que durante décadas foram dominadas por traficantes - é comemorada pelos profissionais de saúde, que diariamente atendem casos de emergência no Getúlio Vargas.

"Depois do processo de pacificação, ocorreu uma redução nas estatística de entrada de acidentes na emergência vítimas de armas de fogo. Antes, tínhamos um percentual bem mais elevado. Hoje, os pacientes traumatizados são, na maioria, vítimas de trânsito ou quedas de laje. A relação com a pacificação é direta e óbvia. A diferença que fez pra cidade foi crucial e influiu no psiquismo da nossa equipe. É uma satisfação ver esse tipo de resultado"ressaltou o diretor da unidade, Carlos Henrique Ribeiro.

Segundo o diretor, o hospital ainda atende vítimas de PAF, mas os ferimentos encontrados hoje são menos complexos, pois as armas são de menor potencial destrutivo, tornando mais viável atender e salvar a vida dos pacientes.

"Acredito que a mudança trouxe, ainda, tranquilidade para o ambiente do hospital e benefícios aos pacientes internados ou sob atendimento, já que não ouvimos mais diariamente sons de armamentos de guerra. É muito satisfatório ver esse resultado", acrescentou Ribeiro.


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