Um militar da Força de Pacificação que atua nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, ocupados pela 4ª Brigada de Infantaria Motorizada de Juiz de Fora desde o último dia 7 de novembro, foi baleado de raspão no antebraço. O soldado Leandro Eduardo dos Santos, 20 anos, foi atingido na noite de quinta-feira durante uma troca de tiros com cerca de sete supostos traficantes, armados provavelmente com pistolas, revólveres e fuzis. O tiroteio teve início por volta das 22h30, após patrulhamento rotineiro da Força de Pacificação, numa localidade conhecida como Pedra do Sapo. "O grupo, ao ser surpreendido, reagiu com tiro. Nossa patrulha, dentro das regras de engajamento, também reagiu, fazendo que os bandidos fugissem", explicou o oficial de comunicação da Força de Pacificação, coronel Malbatan Leal. A vítima foi socorrida ao Hospital Central do Exército, e já recebeu alta.
O soldado atingido é lotado na 4ª Companhia de Policiamento do Exército (4ª Cia PE), de Belo Horizonte, e dava apoio às tropas da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Juiz de Fora. Este foi o primeiro incidente do tipo ocorrido desde que os 1.800 homens, a maioria de Juiz de Fora, ocuparam os complexos do Alemão e da Penha, no início do mês. O ataque dos supostos traficantes é uma reação esperada pelos militares. "Agora, os traficantes que ficaram não têm mais aquele espaço para atuar com liberdade no tráfico; estão restritos", avaliou o coronel Malbatan Leal.
A maioria dos militares do Exército que estão nas favelas é formada por juiz-foranos, mas também há homens de Santos Dumont, Belo Horizonte, São João del-Rei, Pouso Alegre, Itajubá, Montes Claros, Vila Velha (ES) e Niterói (RJ). A previsão é de que a 4ª Brigada esteja no comando da Força de Pacificação até junho do ano que vem, quando as comunidades devem ganhar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), sob responsabilidade da Polícia Militar do Estado do Rio. No próximo domingo, a ocupação do conjunto de favelas completa um ano.
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