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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Operação “Trucatto” prende quatro pessoas em Juiz de Fora

Quadrilha era especializada em fraudar licitações públicas

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Federal nesta quinta-feira (17) em Juiz de Fora. A Operação chamada de “Trucatto” cumpriu mandados de prisão temporária e busca e apreensão na cidade, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A quadrilha era especializada em fraudar licitações públicas, principalmente pregões eletrônicos de pelo menos 11 órgãos e autarquias federais. Entre eles, a Presidência da República, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a própria Polícia Federal e a Receita Federal. A quadrilha falsificava documentos particulares e públicos, como atestados de capacitação técnica. 

Sete inquéritos foram abertos em quatro estados. De acordo com o delegado responsável, Cláudio Dornellas, a quadrilha ganhou várias licitações. Uma das empresas investigadas ficou responsável pelo call center da Receita Federal em 2008 e 2009. 

De acordo com a Polícia Federal a quadrilha era especializada em prestar serviços de telefonia e limpeza. Desde 2005 a estimativa é de que eles tenham faturado R$30 milhões.

De manhã a Polícia Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora, no Rio de Janeiro e São Paulo. Foram apreendidos 87 U$1 mil, R$29 mil, além de documentos e computadores no bairro Bela Aurora, onde funciona uma empresa de call center. A suspeita dos agentes é de que na empresa funcionassem pelo menos outros 20 empreendimentos fantasmas.

Cedo outra equipe foi até um escritório de advocacia, no centro da cidade, acompanhando o ex-vereador Josemar da Silva. Ele é um dos quatro presos na operação e é apontado pela Polícia Federal como o cabeça da quadrilha. O advogado foi nomeado superintendente da Associação Municipal de Apoio Comunitário (AMAC), entre 1993 e 1996. Nesta quinta-feira Josemar foi preso temporariamente por cinco dias e está em uma cela especial no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp). 

Outros dois homens também estão detidos no Ceresp e uma mulher foi levada para a carceragem feminina. A quadrilha também participou de licitações para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Segundo o delegado, as empresas ganharam várias licitações nesses órgãos e autarquias. As investigações continuam e ainda há vários documentos a serem analisados.

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