VISUALIZAÇÕES

sábado, 11 de junho de 2011

11 DE JUNHO DE 1865: BATALHA NAVAL DO RIACHUELO

Batalha naval ocorrida no rio Riachuelo, um dos afluentes do rio Paraná no. A batalha é um dos episódios da chamada Guerra do Paraguai, o mais mortífero e violento conflito entre países do continente sul-americano.

Um conflito político, degenerou em guerra aberta, quando o Paraguai em Novembro de 1864 atacou o navio brasileiro Marquês de Olinda, cortou relações diplomáticas com o Brasil e invadiu território brasileiro no mês seguinte.

Durante os primeiros meses do conflito, o exército paraguaio, o mais poderoso de todo o continente toma a ofensiva.

Porém, embora com a vantagem em terra sobre os seus adversários a marinha do Paraguai não tinha possibilidade de enfrentar a marinha brasileira, que era superior em qualidade e numero de navios. Ocorre que sem controlar o rio Paraná, o Paraguai não podia apoiar eficientemente as suas forças expedicionárias, que corriam o risco de ficar cercadas.
Com o objectivo de ganhar a vantagem táctica também no campo naval, os paraguaios atacaram a esquadra brasileira fundeada nas proximidades da desembocadura de um dos afluentes do rio Paraná.

O ataque foi iniciado de madrugada.

Os navios paraguaios apareceram na neblina, quando os navios brasileiros estavam ancorados próximo à margem.

A juntar à artilharia dos seus navios, os paraguaios tinham ainda enviado artilharia terrestre para a margem do rio, como objectivo de garantir a destruição dos navios brasileiros.

Embora com mais e melhores navios, a violência e rapidez do ataque paraguaio, deixou as forças brasileiras desorganizadas e em clara desvantagem táctica.

A frota paraguaia, passa em frente aos navios brasileiros, e dispara várias «bordadas» praticamente sem que houvesse resposta brasileira.

Depois que os paraguaios seguem em direção a nascente, a frota brasileira, sai do ancoradouro para perseguir os paraguaios, que voltaram para junto da costa do lado norte.

Mas era uma armadilha, e a esquadra brasileira caiu nela. Ao tentar perseguir os paraguaios os navios brasileiros aproximam-se demasiado da costa, e ficam ao alcance da artilharia que os paraguaios tinham colocado em terra. A frota brasileira desorganiza-se. Muitos dos navios brasileiros são adequados à navegação no mar e encalham nas águas rasas das margens do rio.

Aproveitando a confusão, os navios paraguaios voltam a aproximar-se da esquadra brasileira, com o intuito de tomar os navios, o que lhes permitiria utiliza-los no futuro.

A batalha transforma-se então durante o fim da manhã e até ao fim da tarde numa indescritível confusão. Considera-se normalmente a opção tomada pelo comandante da esquadra brasileira, de utilizar a vantagem do tamanho dos seus navios contra os navios paraguaios abalroando-os foi um dos factores decisivos para o desfecho da batalha, que parecia tender para o lado paraguaio, porque estes tinham vantagem numérica em termos de homens, nas tentativas de abordagem que efetuaram.

As tácticas pouco ortodoxas e mais ou menos desesperadas dos brasileiros, acabaram por deixar os atónitos paraguaios sem capacidade de resposta, tendo ao fim do dia retirado.

A batalha do Riachuelo, foi um ponto de viragem numa guerra que até ali parecia favorecer o Paraguai. Sem o controlo do rio Paraná, fronteira entre o território paraguaio e as suas tropas no sul do Brasil e no Uruguai, o Paraguai perdeu a iniciativa e a partir daí a guerra foi travada em território paraguaio.

Um comentário:

  1. O poder paraguaio naquela época não passava de mito. Um exército treinado por militares alemães e uma Marinha num país que não tem saída para o mar é piada. Errou o Brasil, que ao final do conflito deixou de anexar o território vencido. A Argentina, que junto com o Uruguai lutou ao lado do Brasil, anexou parte do território, o que é motivo de desavença entre ambos os países até os dias atuais. E pensar que a intenção do ditador paraguaio era invadir a Argentina. A anexação do território teria evitado dissabores que persistem até os dias atuais. Um país governado por uma elite política corrupta, portas abertas ao contrabando e um povo sofrido vivendo em miséria absoluta. Seu maior produto de exportação é o soja, 90% plantado por brasileiros (gaúchos). Agora seu presidente, o ex-bispo que traiu seus votos de celibato, quer tomar as terras plantadas por brasileiros e "devolver" ao seu povo, povo este, que conforme disse um gaúcho em documentário da TV estatal francesa, não sabe nem lidar com um cavalo. E ainda quer renegociar o Consórcio de Itaipu, para o qual não deu um centavo. Paga a dívida com o dinheiro recebido pela energia que não usa (não tem como usar)vendida ao Brasil. Aliás, um empreendimento, que embora necessário, vai contra qualquer projeto de defesa. Explodido, alaga metade da Argentina.

    ResponderExcluir