Militares de São Paulo passam a liderar Força de Pacificação no Complexo e na Penha
POR FLÁVIO ARAÚJO
Rio - Depois de três meses sob o comando de militares de Minas Gerais, o controle da Força de Pacificação dos complexos do Alemão e da Penha passou nesta quinta-feira para uma unidade sediada em Campinas, São Paulo. Com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, e do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, o general Tomás Miné Ribeiro Paiva assumiu o patrulhamento da região. Essa deve ser a última gestão do Exército, antes da criação de Unidades de Polícia Pacificadora nas favelas, prevista para começar em março.
“Quero agradecer ao Exército, que nos apoia desde o momento em que entramos aqui e dizer que sem a presença desses militares, não teríamos, por exemplo ocupado a Rocinha. O estado tem uma dívida eterna de gratidão”, discursou o governador Sérgio Cabral na solenidade, que ocorreu na sede da Força de Pacificação, em uma antiga fábrica de bebidas.
O ministro Celso Amorim ressaltou que o trabalho do Exército na comunidade é transitório, mas vitorioso. “Para essa função, de segurança pública, é necessária uma noção de civilidade e direitos humanos no contato com a população e isso está sendo feito pelo Exército desde o primeiro momento de maneira sóbria e consciente. A transição do controle da região para o estado será suave e sem tropeços”, avaliou Celso Amorim.
O comandante que deixa os complexos do Alemão e da Penha, general Otávio Santana Rêgo Barros, agradeceu a oportunidade de comandar a Força de Pacificação. “Há três meses descemos das montanhas de Minas Gerais para esse desafio de participar da Força de Pacificação. Agora voltamos para casa com a sensação de dever cumprido”, discursou o militar durante a cerimônia.
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