Conhecida pelo perfil austero, Maria das Graças Silva Foster, ou Graça Foster, é uma mulher determinada e exigente. Durona em suas decisões, ela é a primeira mulher a chegar à presidência da Petrobras (PETR3, PETR4). Com uma personalidade séria e firme, Graça é admirada pela sua equipe por uma das suas maiores qualidades, que a levou ao cargo da maior estatatal do País, conhecimento técnico e perfeccionismo.
Assim como a presidente da República Dilma Rousseff, de quem é amiga, Graça Foster tem fama de brava. Mais de que ser reconhecida pelas cobranças feitas aos seus funcionários, ela é avaliada como competente e rígida nas negociações e foi assim que a funcionária de carreira da estatal, quando chegou em 1978 como estagiária, alcançou o posto máximo da estatal.
Nascida em Minas Gerais, na cidade de Caratinga, no dia 26 de agosto de 1953, Graça mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro aos dois anos e até os 12 anos de idade morou no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, comunidade pobre conhecida pela violência até ser pacificada em 2010.
“…Convivi com violência doméstica na infância e enfrentei dificuldades na vida. Sempre trabalhei para ajudar no sustento da minha mãe e dos meus filhos e para pagar meus estudos. Garra para mim é tudo. Nunca tive medo de trabalho”, disse Graça Foster em entrevista ao jornal O Globo no ano passado.
Paixões
Graça é casada, tem dois filhos - um estudante de jornalismo e uma médica -, e uma neta. A torcedora do Botafogo chegou a ser uma das primeiras mulheres a trabalhar “embarcada” em uma plataforma de petróleo em alto-mar.
Graça é casada, tem dois filhos - um estudante de jornalismo e uma médica -, e uma neta. A torcedora do Botafogo chegou a ser uma das primeiras mulheres a trabalhar “embarcada” em uma plataforma de petróleo em alto-mar.
Os funcionários que trabalham diretamente com ela exaltam o seu perfeccionismo. Graça costuma chegar a companhia por volta de 7h30 e não tem hora para sair. Exigente com prazos e metas, quando necessário, vai pessoalmente inspecionar as obras, e lá coloca a mão na massa, inclusive usando macação e luvas.
Carreira
Formada em Engenharia Química pela UFF (Universidade Federal Fluminense) com mestrado em Engenharia Química e pós-graduação em Engenharia Nuclear pela Coppe/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e MBA em Economia pela FGV/RJ (Fundação Getúlio Vargas), ainda na universidade ingressou na Petrobras como estagiária.
Formada em Engenharia Química pela UFF (Universidade Federal Fluminense) com mestrado em Engenharia Química e pós-graduação em Engenharia Nuclear pela Coppe/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e MBA em Economia pela FGV/RJ (Fundação Getúlio Vargas), ainda na universidade ingressou na Petrobras como estagiária.
Desde então, assumiu diversos postos na companhia. O primeiro cargo a ocupar na companhia foi o de engenheira de perfuração. Atualmente está à frente da área de Gás e Energia, cargo ocupado desde setembro de 2007, quando se tornou a primeira mulher a assumir uma diretoria na estatal.
Além da diretoria de Gás e Energia, Graça é presidente da Gaspetro e dos Conselhos de Administração da TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil) e da TAG (Transportadora Associada de Gás). Também é membro dos Conselhos de Administração da Transpetro, da Petrobras Biocombustível, da Braskem e do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A ex-presidente da BR Distribuidora e da Petroquisa também ocupou postos na administração federal, como a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, quando a presidente Dilma era a titular da pasta. Neste cargo, coordenou o Prominp (Programa de Mobilização da ndústria Nacional de Petróleo e Gás) e o programa de biodiesel do governo.
Reconhecimento
Graça recebeu alguns títulos em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido nesses 32 anos dedicados à estatal braisleira. Em 2010 foi eleita a diretora executiva mais poderosa da América Latina, em ranking elaborado pela revista America Economia.
Graça recebeu alguns títulos em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido nesses 32 anos dedicados à estatal braisleira. Em 2010 foi eleita a diretora executiva mais poderosa da América Latina, em ranking elaborado pela revista America Economia.
Em 2010, Graça Foster foi incluída em um ranking internacional, elaborado pelo jornal inglês “Financial Times” sendo apontada como uma das 50 mulheres em ascensão no mundo dos negócios. Em um ranking organizado pelo jornal Valor Econômico no ano passado, Graça está entre as 15 melhoras gestoras do Brasil em 2011.
Perfil técnico levou Graça a presidência
Após o anúncio de que Graça substituiria José Sérgio Gabrielli no comando da companhia, foi emitido um comunicado dizendo que o presidente do conselho de administração da Petrobras, Guido Mantega, encaminhará a proposta para a próxima reunião do conselho, que acontecerá em 9 de fevereiro de 2012. “A indicação da atual diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster, para presidir a Petrobras”.
Após o anúncio de que Graça substituiria José Sérgio Gabrielli no comando da companhia, foi emitido um comunicado dizendo que o presidente do conselho de administração da Petrobras, Guido Mantega, encaminhará a proposta para a próxima reunião do conselho, que acontecerá em 9 de fevereiro de 2012. “A indicação da atual diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster, para presidir a Petrobras”.
O perfil técnico de Graça é bem visto por analistas de mercado, que ressaltam que esta mudança já era esperada pelo mercado há algum tempo. A ligação de Graça com a presidente Dilma é avaliada como uma indicação mais técnica de que política, uma vez que a nova presidente da Petrobras tem uma experiência de mais de três décadas na companhia.
Desafios
Um dos maiores desafios da “mão de ferro” da Petrobras será aumentar a produção da companhia, que esteve praticamente estagnadas nos últimos anos. Nos últimos dois anos, a meta de 2,1 milhões de barris diários da produção não foi cumprida.
Um dos maiores desafios da “mão de ferro” da Petrobras será aumentar a produção da companhia, que esteve praticamente estagnadas nos últimos anos. Nos últimos dois anos, a meta de 2,1 milhões de barris diários da produção não foi cumprida.
Já chamada como mais uma das “mulheres fortes” do governo Dilma, Graça Foster, foi destacada pelo Wall Street Journal como a “respeitada técnica que deve trabalhar em proximidade com a estratégia de governo de US$ 224 bilhões para explorar enormes reservas de petróleo”.
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