A Polícia Civil prendeu, na tarde desta segunda-feira, dois homens em flagrante carregando R$ 200 mil em notas falsas, na saída de uma churrascaria na Avenida Angélia, no bairro de Higienópolis, região central da cidade.
Outros R$ 400 mil foram encontrados guardados no quarto de um hotel, na mesma região. Todo o material estava em pacotes com terjetas do Banco Central (BC) contendo 12 mil notas de R$ 50 do modelo recém-lançado no mercado.
Policiais da 3ª Divecar (Delegacia de Repressão a Desmanches Ilegais) do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), responsáveis pela ação, investigam a utilização do material em golpes. A equipe prendeu o empresário luso-brasileiro I.M.S., de 32 anos, e o taxista R.R.C., de 37.
No hotel onde o restante do dinheiro foi encontrado, na rua Barão de Tatuí, as cédulas estavam em uma maleta cujo segredo do trinco era o número 171, artigo referente ao estelionato no Código Penal.
Segundo o delegado Wuppslander Ferreira Neto, da Delegacia de Desmanches Ilegais, havia três meses que os policiais tentavam identificar os especialistas no golpe.
- Quem recebe o pacote, com tarjetas do Banco Central e notas novas, acaba confiando na transação. Outro detalhe: devido à quantidade de notas a ser entregue em local público, poucos se aventuram em abrir o pacote para contar - explicou Ferreira Neto.
O taxista, que é paraense, mas diz morar no Rio de Janeiro, admitiu que seu objetivo em São Paulo era faturar R$ 2 mil com o golpe, mas não revelou qual seria o alvo.
I. afirma ser empresário no ramo de turismo e intermediações.
- Não sei de golpe. Só arrumei alguém para trocar dinheiro por dólares. Meu objetivo era ganhar uma comissão como intermediário - contou o empresário, que afirma ter seus negócios em Mato Grosso do Sul e Portugal.
O taxista afirmou que as cédulas falsas foram produzidas em Pernambuco.
O delegado Ferreira Neto autuou os dois pelo crime de moeda falsa.
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