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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Bombeiros que invadiram quartel serão presos, diz secretaria do RJ


Os mais de dois mil funcionários do Corpo de Bombeiros que invadiram o quartel central da corporação, na Praça da República, na noite desta sexta-feira (3), serão presos. A informação é da Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil.
Ainda segundo a assessoria da secretaria, eles serão presos por invadir órgão público, agredir um coronel e desrespeitar o regulamento de conduta dos militares.
Os manifestantes estão com apitos e faixas no pátio do quartel central. Além de bombeiros da ativa, há funcionários aposentados, mulheres e até crianças. Por volta das 21h, o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, chegou ao local. Há cerca de 150 policiais do Batalhão de Choque dentro e fora, além de policiais de outros batalhões e do Regimento de Polícia Montada (Rpmont).
Segundo o porta-voz do movimento intitulado Dignidade, cabo Benevenuto Daciolo, eles foram às ruas para reivindicar aumento de salário líquido de R$ 950 para R$ 2 mil e melhores condições de trabalho, além de vale-transporte.
Daciolo disse ainda que participam do protesto bombeiros de quartéis de todo o estado e que as praias devem amanhecer sem guarda-vidas no sábado (4). Ele usou o megafone para orientar os manifestantes a se deitarem no pátio, caso policiais do Batalhão de Choque entrem no local para retirá-los. Ele informou que é um protesto pacífico e que eles pretendem deixar o local somente após um acordo com algum representante do governo.
Devido à manifestação, o trânsito na Praça da República está sendo desviado, na noite desta sexta, para a Rua Gomes Freire, mas os reflexos já chegam à Rua Visconde do Rio Branco e Rua da Carioca.
De acordo com a PM, os bombeiros forçaram e quebraram o portão do quartel central para entrar no local. Dois caminhões dos bombeiros que seguiam para ocorrências no momento da entrada dos manifestantes foram impedidos de sair.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que os manifestantes liberaram duas pistas da Praça da República, por volta das 19h35. Mais cedo, eles chegaram a bloquear toda a via. A Rua 1º de Março, uma das mais movimentadas do centro, também chegou a ser fechada pelos manifestantes.
Mandados de prisão
Em maio, houve uma série de protestos da categoria por aumento de salário e melhores condições de trabalho. Cinco bombeiros chegaram a ter as prisões decretadas. No dia 17 de maio eles anunciaram o fim da greve. Na ocasião, segundo os manifestantes, durante uma reunião realizada na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) com integrantes do governo do estado foram pedidos a revogação da prisão dos bombeiros, o cancelamento das punições, transferências e inquéritos administrativos e judiciais e o abono das faltas.

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