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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Petrobras já teme efeitos de boicote lançado na internet contra preço absurdo da gasolina

Internautas se preparam para lançar uma campanha cidadã de grande impacto político-econômico, para baixar o caríssimo preço da gasolina – cujo monopólio de distribuição é da Petrobrás. A proposta consiste em um boicote, durante os meses de junho, julho e agosto, à venda de combustíveis da marca BR. A diretoria “estatal de economia mista” já teme os impactos negativos sobre sua imagem institucional.

A tática da campanha é simples. Se Petrobrás tiver totalmente paralisada a venda de sua gasolina, estará inclinada e obrigada, por via de única opção que terá, a reduzir os preços de seus próprios produtos, para recuperar mercado. Ontem, na China, acompanhando a Presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Petrobrás, Sergio Gabrielli, voltou a advertir que, caso o preço do barril de petróleo se estabilize em patamares altos como o atual, a Petrobrás terá que aumentar os preços da gasolina.

Gabrielli faz um discurso de morde e assopra. Alegou que a volatilidade atual nos preços do petróleo não recomenda reajustes. Cautelosamente, no entanto, repetiu que é preciso esperar até que as cotações alcancem um patamar menos instável para que uma decisão sobre preços seja tomada. A Petrobrás tem problemas porque fez seu planejamento para este ano usando como base cenários em que a cotação do barril de petróleo variaria entre US$ 65 e US$ 85 - bem abaixo das cotações atuais que já atingem US$ 120.

Preocupado com a tendência de subida inflacionária – e conseqüente queda de popularidade -, o governo Dilma, oficialmente, nega qualquer aumento de preço da gasolina. Mas tudo não passa de jogo de cena. Gabrieli fala do reajuste, e o ministro Guido Mantega, prestigiado para deixar o cargo, diz o contrário. Semana passada, Mantega chegou a “desautorizar” Gabrielli, na tática midiática de enganação da opinião pública.

Qualquer aumento de combustível – cujo preço, no Brasil, já é absurdamente alto – tem um efeito psicológico devastador. A gasolina, álcool, diesel ou gás mais caros colaboram, ainda mais, para o efeito cascata que aumenta os demais preços da economia. Ontem, a Petrobrás já avisou que subirá o preço do gás natural a partir de 1º de maio. Especulava-se que o aumento para as concessionárias seria de 10%. Mas a Petrobrás informou que ainda não definiu o percentual.


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