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sexta-feira, 29 de abril de 2011

FORÇA AÉREA BRASILEIRA A-29 Super Tucano - Embraer EMB-314


O Super-Tucano é uma variante maior e mais potente de um dos mais bem sucedidos aviões de treinamento do mundo, o EMB-312A Tucano da Embraer. Aeronave robusta, barata, de operação simples, fácil manutenção e muito funcional, está é a melhor forma de definir o EMB-314 Super-Tucano.

O T-29 está tecnologicamente bem acima do T-27; apesar da aparência física, as capacidades do Super-Tucano estão muito além das da versão anterior, tamanho o salto tecnológico visto nesta aeronave. Os primeiros protótipos do Super-Tucano ficaram prontos em março e abril de 1993, mas já voavam desde o final de 1992; permanecendo em testes até agosto de 1993.

As principais modificações comparado ao modelo anterior aconteceram na cabine, que agora é pressurizada permitindo vôos ao teto de até 10.600 m; o painel foi totalmente remodelado, os instrumentos mais modernos e compactos ocupam menor espaço, dois monitores digitais exibem informações básicas e outras essenciais do vôo e sobre o funcionamento da aeronave.

Os assentos ejetáveis do Tucano foram trocados pelos mesmos assentos utilizados no AMX e nos F-5BR, do tipo zero-zero (zero de altitude e zero de velocidade). Os antigos assentos permitiam ejeção em altitude zero, porém somente a velocidade maior que 135 Km/h.

O Super-Tucano também conta com tecnologia antigravidade, composta por cinto de segurança e macacão especiais; quando o avião sai do nível de gravidade normal, o cinto se aperta automaticamente e a roupa infla, como aparelhos de medir pressão sangüínea, evitando que o sangue se concentre em maior quantidade em uma parte do corpo e, principalmente, evitando a falta de irrigação sangüínea na cabeça, para não ocorrer o desmaio temporário do piloto, efeito conhecido como “blackout”. Quando ocorre o contrário, concentração do sangue na cabeça o efeito é conhecido como “redout” e causa a perda temporária da visão e adormecimento de partes do corpo.

O canopy também foi reforçado de 8 mm no Tucano para 21 mm no Super Tucano. O oxigênio, que no Tucano é armazenado em garrafas, no Super Tucano é produzido por um sistema OBOGS (On-board oxygen generating system – Sistema de geração de oxigênio).

A maior mudança foi a troca do motor de 750 shp do Tucano por um de 1.300 shp, aumentando sua potência em quase 75%. Para instalar esse motor a Embraer aumentou em 20 cm o nariz do avião. Com um motor mais pesado à frente, a aeronave perdeu seu centro de gravidade, e para corrigir isto, a Embraer aumentou em 1,36 cm a fuselagem traseira do avião.

O Super Tucano tem outro trunfo, necessita de apenas 1 ½ hora de manutenção por hora de vôo. O avião deve diminuir o espaço entre a instrução de vôo dos alunos iniciantes da FAB e o treinamento de ataque nos treinadores avançados como o A1B. Além de treinamento, o T-29 é capaz de executar missões de ataque e apoio (A-29) em situações de combate real, o que também podia fazer a variante anterior.

O painel frontal do Super Tucano é o mais avançado já instalado em um turboélice, se parecendo mais com o painel de um caça de 4º geração.
A capacidade de pouso em rodovias e/ou operar em pistas não preparadas é uma proteção contra inimigos mais poderosos; contudo sua manobrabilidade excelente dada pelo potente turboélice também é uma forma de defesa passiva contra essas aeronaves ou armas automáticas.

Em 1995 a FAB fez pedido de uma variante melhorada do Super-Tucano capaz de executar combate real para operar no SIVAM, era o ALX (Aeronave Leve Multi-funções).

O painel traseiro do Super Tucano possui todos os recursos para controle de armas e de ataque, além de ser redundante para se pilotar o avião.
O ALX é capaz de executar missões de ataque, reconhecimento, patrulha e interceptação aérea; aperfeiçoado para as condições ambientais da Amazônia Brasileira. O avião é capaz de operar diuturnamente de bases pouco estruturadas e de pistas sem pavimento, com o mínimo de apoio de operadores em solo.

A cabina do avião é equipada com um HUD que cobre um campo de visão de 24º e oferece interface de navegação e ataque, óculos de visão noturna e manche/manete tipo HOTAS; os dois monitores que exibem as informações dos dispositivos da aeronave, também exibem imagens termo-gráficas obtidas pelo FLIR AN/AAQ-22 Safire, instalado sob a fuselagem; para integração de dados utiliza um módulo Databus MIL-STD 1553B e para navegação um sistema GPS, GPWS (Ground Proximity Warning System - sensor de aviso de colisão com o solo) que auxilia em vôos em condições de má visibilidade ou à noite, e um sensor TCAS (Traffic Alerting and Collision Avoidance - Alerta de colisão de tráfico); a maioria dos aviônicos foi desenvolvida pela Elbit System Ltd., de Israel. Para blindar a cabina foi utilizado Kevlar.


Apesar de não possuir radar, o Super Tucano está equipado com um Stormscope da Goodrich Avionics modelo WX-1000E. Trata-se de um sistema de mapeamento meteorológico que acusa a presença, distância, localização e intensidade de tempestades. Esses dados são obtidos através da análise de sinais irradiados pelas descargas elétricas presentes nas formações meteorológicas.

O propulsor do ALX é mais potente que o propulsor do T-29 original, desenvolvendo cerca de 300 shp a mais, e possui 5 pontos duros (dois em cada asa e um sob a fuselagem) para instalação de pylonsMAA-1 Piranha, mísseis antitanque, bombas de queda livre e foguetes. 


A FAB fez um pedido de 99 ALX, que estarão sendo entregues até 2012; as variantes monoposto e, parte das variantes biposto, deverão ser utilizadas como aeronaves de interceptação e ataque, codinomeados A-29, a outra parte das variantes biposto, será equipada com dispositivos para missões de reconhecimento e deverá executar missões de reconhecimento e ataque próximo às fronteiras, e serão codinomeados RA-29.

Os ALXs deverão ser utilizados somente em missões sobre a Amazônia, como parte do SIVAM; os Super-Tucanos T-29 estarão baseados em Natal (RN) e os A-29 distribuídos nos esquadrões do 3º Grupo de Aviação, situados em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS).

Ficha Técnica
País de origem e fabricação:Brasil
Fabricante:Embraer
Tipo:Monoposto: 
- Aeronave Leve de Ataque de reconhecimento
  armado dentro da Tarefa de Interdição.
- ataque e cobertura dentro da Tarefa de Apoio
  Aéreo Aproximado.
- interceptação e destruição de aeronaves de
  baixo desempenho.
Biposto:
– Controle aéreo avançado na Tarefa de
   Ligação e Observação.
- treinamento.
Motor:01 Pratt & Whitney PT6A-68C com 1.600 shp
    e hélice pentapá
Teto Máx. de Serviço:10.668 m (35,000 ft)
Vel. máxima320 Kt
Vel. máx. cruzeiro:280 Kt
Raio de ataque
(Hi-Lo-Hi) com 1.500 kg de carga externa:
550 Km
Alcance máximo:4.820 Km
Autonomia:6 h
Pesos:- vazio: 3.020 Kg
- c/combustível: 3.850 Kg
- máx. decolagem: 5.300 kg
Dimensões- envergadura:11,14 m
- comprimento:11,33 m
- altura: 3,97 m
Armamento:- 2 metralhadoras .50” M3P (12,7 mm)
  da FN Herstal.
- 04 pontos duros sob as asas e 01 sob a
  fuselagem
- 1.500 Kg de armamento:
   - mísseis ar-ar MAA-1 Piranha
   - bombas de emprego geral
   - bombas lança-granadas
   - bombas incendiárias
   - bombas de exercício
   - lança-foguetes 70 mm
Equipamentos:- rádios digitais V/UHF Rohde & Schwartz M3AR
  (Série 6000) 
com proteção eletrônica das
   comunicações, como salto, criptografia e
   compressão de freqüências.
- data-link que permitirá transferência de dados
  entre as aeronaves A-29 os R-99 de alarme
  aéreo antecipado e estações de terra.
- cabine blindada com Kevlar.
- CMFD (Colored Multi-Function Displays) telas
  de cristal líquido multifuncionais coloridas.
- piloto automático com planejamento de
  missão.
- NVG (Night Vision Goggles) ANVIS-9 da ITT
- FLIR (Forward Looking Infrared) 
AN/AAQ-22
   Star Safire II.
- Stormscope Goodrich WX-1000E
  (sistema de mapeamento metereológico)
- OBOGS (On-board Oxygen Generating System)
  Sistema de geração de oxigênio.
- GPS (Ground Position System).
- GPWS (Ground Proximity Warning System)
  sensor de aviso de colisão com o solo.
- WCS (Weapons Control System).
- TCAS (Traffic Alerting and Collision Avoidance)
   sistema de alerta de colisão de tráfico.
- Assento ejetável 0x0 Martin-Baker MK-10LCX.
Tripulação:1 (monoposto) ou 2 (biposto)
Operadores:Brasil e Colombia

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