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sábado, 11 de fevereiro de 2012

MILITARES DO EXERCITO, EM JUIZ DE FORA, DE SOBREAVISO


O comandante da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada de Juiz de Fora, general Otávio Santana do Rêgo Barros, informou ontem que a tropa está preparada no caso de ser solicitado apoio para garantir a segurança pública do Rio de Janeiro, durante a greve decretada no estado por bombeiros, policiais militares e civis. "Estamos de sobreaviso, assim como todo o Comando Militar do Leste. Por enquanto, as atividades no Rio estão transcorrendo normalmente. Temos 3.500 homens à disposição, embora não haja indicação de que seja necessário", disse o general Rêgo Barros. Segundo ele, caso solicitada, a tropa atuaria na segurança patrimonial e nas vias de transporte. "Seria basicamente um trabalho de polícia comunitária."
Segundo o site G1, juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Apesar do movimento, grevistas garantem que 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil continuarão trabalhando para atender a casos emergenciais. Ainda conforme o G1, ontem o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que ainda não era necessário o envio de força federal para garantir a ordem no estado fluminense.
Formatura
Uma solenidade marcou ontem o retorno da tropa de 1.848 militares comandada pela 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, que, durante três meses, atuou nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, preparando as favelas para a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O evento aconteceu no 10º Batalhão de Infantaria (BI), no Bairro Fábrica, Zona Norte. A formatura contou com a participação de parte do efetivo, já que, apesar de a maioria ser composta por juiz-foranos, há homens de Santos Dumont, Belo Horizonte, São João del Rei, Pouso Alegre, Itajubá, Montes Claros, Vila Velha (ES) e Niterói (RJ). Após a cerimônia, houve culto, e missa celebrada pelo arcebispo metropolitano, dom Gil Antônio Moreira.
"A tropa de Juiz de Fora tem capacidade para atuar em qualquer parte do território nacional e internacional. A formatura é a materialização do retorno (ocorrido no final de janeiro), depois de missão cumprida. Nossa avaliação é positiva, pois terminamos com aceitabilidade de mais de 90%", enfatizou o comandante da 4ª Brigada e da Força de Pacificação Arcanjo V, general Rêgo Barros. Segundo ele, na pesquisa, a população colocou a segurança em nono lugar em termos de principais necessidades, atrás de questões básicas, como saneamento, saúde e emprego.
De acordo com o comandante, as atividades no Alemão e na Penha foram bem mais complexas do que as que seriam desenvolvidas no caso de apoio durante greve no Rio. "Tivemos alguns incidentes, mas foram conduzidos com tranquilidade." Um dos momentos mais tensos vivenciados pela tropa ocorreu na localidade conhecida como Pedra do Sapo, situada em uma das extremidades do topo da Serra da Misericórdia, que divide os dois complexos. Na ocasião, um soldado de 20 anos foi baleado de raspão no antebraço durante troca de tiros com cerca de sete criminosos, possivelmente armados com pistolas, revólveres e fuzis.
Para o tenente Danilo de Almeida Guedes, 23 anos, a experiência de três meses reforçou sua preparação para qualquer missão de garantia da lei e da ordem. "Comandei um pelotão de cavalaria e tive a oportunidade de colocar em prática o que aprendi em um ano de quartel." O general Rêgo Barros anunciou que, a partir de junho, 700 militares vão começar a ser preparados para a missão de paz no Haiti, com início previsto para dezembro. Antes disso, alguns homens irão colaborar na segurança da Rio+20, conferência da ONU sobre a preservação do planeta, que acontece em junho, 20 anos depois da Eco 92. "A expectativa é de que virão mais de 180 chefes de Estado", observou o comandante.

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