Rio -  Um apagão médico ronda os hospitais militares enquanto a novela do reajuste dos soldos das Forças Armadas se arrasta na área civil do governo. Em hospitais de centros urbanos, entre eles o Rio, especialidades como pediatria são as que mais sofrem com pedidos de baixa antecipada de oficiais de carreira e temporários. Tais profissionais são assediados por clínicas particulares, que oferecem remuneração superior por jornada menor de trabalho. Para fazer isso, nem precisam aumentar seus gastos. Um segundo-tenente médico recebe, em média, R$ 5.641 brutos, R$ 100 a menos que um segundo sargento da Polícia Militar do Distrito Federal e R$ 8 mil menos que um perito médico da Polícia Federal. A falta de profissionais da área faz unidades importantes, como quartéis de formação, terem de pedir médico emprestado para não fechar o ambulatório.

COMANDO COMPLICADO

Para os comandantes de unidades de saúde não é apenas o soldo que tira o sono. A gestão complexa sob ameaça de processo futuro do Tribunal de Contas atormenta.

TESOURA NA DEFESA

Ontem o ministro da Defesa, Celso Amorim, teve novo encontro com a presidenta Dilma. Na pauta, a necessidade de promover cortes no Orçamento da pasta. Vem aí novo aperto de cinto.

MEIO EXPEDIENTE

A Defesa tende a concentrar na área de custeio a tesourada ordenada pelo Planalto. Primeira medida será o aumento dos dias com meio expediente nos quartéis.

PARA PIORAR

Com isso o esperado reajuste dos soldos corre risco de novo adiamento. Para piorar, está para sair resolução que permitirá desconto de pequenos valores cada vez que o militar usar assistência médica da Força.