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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Governador de Sergipe diz que Estado vai processar Rita Lee e pedir o cachê do show de volta.

A confusão no último show da carreira de Rita Lee, em um festival em Aracaju, ainda poderá render problemas à roqueira. O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), afirmou que o Estado vai processar a cantora pelo “show de irresponsabilidade” durante a apresentação --paga com recursos públicos-- na edição 2012 do “Verão Sergipe”.

Déda, que estava acompanhando o show, criticou os termos usados da cantora, que chamou os policiais militares --que empurravam alguns fãs na plateia-- de "cachorros" e "cavalos" durante a apresentação na madrugada do último domingo (29). “Vamos processá-la, pela nossa Procuradoria. As autoridades do Estado vão processar porque ela se valeu de uma posição de quem está conduzindo um espetáculo para colocar em risco a vida de milhares de pessoas. A Polícia Militar estava cumprindo o seu papel”, afirmou Déda, em entrevista concedida aos jornalistas ainda no domingo.


Segundo o governador, o processo será por conta das “agressões” não só aos militares, mas a toda população. “Nós vamos processá-la para que ela devolva o cachê. Ela não cumpriu o contrato, foi irresponsável. Ela agrediu não só os policiais, mas todo o Estado de Sergipe”, disse, ressaltando que estava “do lado dos policiais” que a levaram a delegacia para prestar esclarecimentos por suposto desacato à autoridade. O valor do cachê não foi informado.
Para Déda, a cantora provocou os policiais que trabalhavam no show e incentivou o público a consumir drogas. “Ela que provocou os policiais, jogou 20 mil pessoas contra os policiais, induzindo ao consumo de drogas, fez deliberada propaganda, que é proibido pela legislação. Não é o fato de ser um artista do rock'n roll que autoriza ninguém a ser mal educado, agressivo, irresponsável”, desabafou Déda.
O governador sergipano acredita que Rita Lee “agrediu moralmente” os policiais para “chamar a atenção” da mída. “Essa senhora, talvez tentando criar um episódio para chamar a atenção nacional para esse que ela disse ser o último show, agrediu os policiais do Estado. Essa mesma polícia que 'está irresponsável', através de sua assessoria, pediu que fizessem a sua segurança. Sem nenhuma razão, a não ser a irresponsabilidade, ela os agrediu”, disse Marcelo Déda.
Na tarde desta terça-feira, no entanto, o governador voltou atrás e publicou em sua página no Twitter que o cachê do show já foi pago. "Independente dos problemas gerados, o show foi apresentado e o cachê foi pago. Espetáculo realizado, cachê pago, assunto encerrado. A hipótese de reaver o cachê foi aventada durante a confusão, na madrugada do domingo, e logo arquivada", escreveu.
Déda ainda completou: "Eu não saí do show. Eu saí do camarote para orientar a retirada dos policiais. Conversei com o Comandante e pedi que ele tirasse os policiais do meio da multidão, temendo uma tragédia".
Silêncio de Rita Lee
Por ordem de seus advogados, Rita Lee não deu nenhuma declaração desde que deixou a delegacia em Sergipe. Na última segunda-feira, a cantora também parou de escrever em seu Twitter. Uma mensagem formal e sem assinatura foi publicada em @litaree_real. "Atendendo a pedido de Rita Lee, comunico aos seus 359.000 seguidores que a mesma se ausentará deste espaço até segunda ordem. Grato"

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