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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Painel discute processo de “Transformação da Defesa Nacional” no segundo dia do 6º Seminário do Livro Branco


No segundo dia do 6º Seminário do Livro Branco de Defesa Nacional, uma série de painéis abriu as atividades da manhã. O primeiro deles, cujo tema foi “A Transformação na Defesa Nacional”, discutiu os processos necessários para que as Forças Armadas de fato passem por um processo de revitalização, inovando seus processos e melhorando suas práticas.
Com José Alexandre Pires, do Ministério da Defesa, como debatedor, o encontro começou ressaltando a importância da ciência para a Defesa, já que ela virou uma aliada e força nos dias atuais. Na sequência, o Major Rui Martins da Mota discutiu o tema “Gestão da Inovação de Defesa e Transformação do Exército”, citando os principais desafios futuros das Forças Armadas.
“Os pontos que precisam ser destacados são as frentes de batalha indefinidas, a velocidade dos acontecimentos e dos deslocamentos, o papel das informações, a necessidade de inovações e transformação”, afirmou o Major, que destacou também o obstáculo enfrentado pelo Brasil diante do cerceamento de tecnologias por parte de outras países, como no caso aeroespacial, nuclear, cibernético e químico.
Para combater o processo que torna as tecnologias de Defesa obsoletas, a autoridade sugere abordagens que aumentem a demanda e diversifiquem os investidores. “A transformação militar começou nos Estados Unidos. No Brasil, temos o Projeto de Força [PROFORÇA] que prevê sete vetores de transformação com a finalidade de aumentar a operacionalidade do Exército”, afirmou.
O Major Marcio Dantas Avelino Leite, último palestrante do painel, exaltou o planejamento estratégico das Forças Armadas baseado em capacidades e citou como exemplo o mesmo processo realizado pela OTAN após os ataques de 11 de setembro, traçando uma comparação com o sistema brasileiro.
“Capacidade não é recurso nem capacitação. São necessários doutrina, organização, treino, material, liderança, pessoal e infraestrutura”, disse o Major. Ele também destacou o processo que prevê adaptação, modernização e transformação no Brasil, e que já está sendo implantado na Argentina e no Chile. Segundo ele, até 2030, o ciclo estará completo no nosso País.
No segundo painel da manhã, o tema abordado foi o “Financiamento da Defesa Nacional”. Mediado pelo Prof. Dr. Alberto Pfeifer, da USP, o encontro teve início com uma apresentação realizada pelo Coronel José Augusto Crepaldi Affonso, que falou sobre a política de offset da Aeronáutica no âmbito da estratégia nacional de defesa.

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