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quarta-feira, 18 de maio de 2011

18 DE MAIO - DIA MUNDIAL DOS MUSEUS


No dia 18 de maio é comemorado o Dia Mundial dos Museus. A data foi instituída pelo Comitê Internacional de Museus (ICOM) com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e do público para a importância dos museus. Afinal, são os museus os responsáveis por preservar a história e a cultura da humanidade. Através dos anos, preservam os objetos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica.

Visitar um museu é, portanto, voltar no tempo, aprender nossa história e valorizar o conhecimento humano!

Existem vários tipos de museus:

  • Museu de história natural: preservam a fauna e a flora. Em alguns é possível conhecer os animais pré-históricos, extintos há milhões de anos! Uma viagem fascinante!
  • Museu de arte: podem conter obras de diversos movimentos artísticos, desde pinturas bizantinas até movimentos mais recentes como os impressionistas, modernistas e contemporâneos.
  • Museu sobre etnias: existem diversos tipos de museus que contam e preservam a história e cultura de diversos povos. Muitas vezes, algumas etnias nem existem mais, como é o caso de algumas tribos indígenas brasileiras e americanas.
  • Museus de tecnologias: estes museus tratam da evolução da ciência e do conhecimento cientifico da humanidade. Exemplos: museu do telefone, do rádio, do automóvel e muito mais!
MUSEU MARIANO PROCÓPIO - JUIZ DE FORA/MG

Constituído a partir da doação realizada em 1936 por Alfredo Ferreira Lage (1865 - 1944) à cidade de Juiz de Fora, o Museu Mariano Procópio abriga uma vasta coleção de artes visuais, decorativas, história e ciências naturais. 











Tombado pelo poder público municipal, o edifício do museu, construído na década de 1860, até hoje conserva grande parte de suas características originais. Em torno da casa, o Parque Mariano Procópio reúne espécies da flora brasileira e outras trazidas do exterior.

O acervo artístico e histórico referente aos períodos colonial e imperial brasileiros é um dos mais significativos e diversificados do Brasil, com cerca de 45 mil itens, entre pinturas, esculturas, gravurasdesenhos, fotografias, documentos, arte sacra, mobiliário, louças, cristais, prataria, armaria, indumentária, numismática, zoologia, mineralogia e paleontologia.
Para apresentar ao público uma coleção com essa diversidade, o Museu Mariano Procópio divide sua exposição em três circuitos: histórico, artístico e de história natural.

O circuito histórico reúne documentos, objetos e obras de arte que retratam aspectos da história econômica, social, política e cultural brasileira, da Colônia à Primeira República.

As telas Chefe Bandeirante, de Henrique Bernardelli (1858 - 1936), representando Fernão Dias Paes Leme, e Bandeirante, de Rodolfo Amoedo (1857 - 1941), que retrata Borba Gato, embora produzidas no século XIX, estão dispostas entre o conjunto histórico referente ao século XVII, período de colonização e expansão territorial, por fazerem alusão ao bandeirantismo.

Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II são contemplados com salas específicas, que mesclam objetos históricos, documentos e pinturas em ambientes que procuram reconstituir os padrões decorativos do período. Jornada dos Mártires, sobre a passagem dos inconfidentes em Matias Barbosa, de Antônio Parreiras (1860 - 1937) pode ser vista na sala reservada a Tiradentes e a Conjura Mineira.

A célebre tela Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo (1843 - 1905), é um dos destaques da coleção. Pintada em 1893, ocupa a sala de reuniões da Câmara Municipal de Juiz de Fora, sendo depois transferida para o museu. Na obra, Pedro Américo enfatiza os momentos que se seguem ao enforcamento, retratando o corpo de Tiradentes, esquartejado, exposto ao sol.

Seguindo a narrativa da historiografia tradicional, retrata a República Velha, com destaque para os primeiros presidentes do Brasil, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, e para a Revolução de 1930.

No circuito artístico estão expostas pintura de gênero, rretratosnaturezas-mortas,paisagens e esculturas produzidas entre 1870 e 1930, parte do acervo formado por mais de 2 mil obras de arte européia, principalmente francesa, e brasileira.  Entre os destaques expostos estão as pinturas Après-midi en Holland, do holandês Willem Roelofs (1822 - 1897), premiado na Exposição de Paris de 1888, Amuada, de Belmiro de Almeida (1858 - 1935), e a escultura Santo Estevão, de Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931). Entre os estrangeiros presentes no acervo, estão também representados Jean-Honoré Fragonard (1732 - 1806), Charles-François Daubigny (1817 - 1878), Vinet (1817 - 1876)Georg Grimm (1846 - 1887)Francisco Manna (1879 - 1943), entre outros.


Com atuação profissional iniciada na última década do século XIX integram a coleçãoEugênio Latour (1874 - 1942)Lucílio de Albuquerque (1877 - 1939), Antônio Parreiras,Georgina de Albuquerque (1885 - 1962), entre outros, além de pinturas de Maria Pardos (s.d. - 1928), esposa de Alfredo Ferreira Lage, que é aluna de Rodolfo Amoedo. O conjunto de esculturas possui obras dos artistas Claude Michel Clodion (1738 - 1814), Antonin Mercié (1845 - 1916), Rodolfo Bernardelli e Modestino Kanto (1889 - 1967).

Em contraponto à maioria do acervo, composta por obras acadêmicas de influência neoclássica e romântica, destacam-se as esculturas de Antônio Francisco Lisboa, oAleijadinho (1730 - 1814), e peças sacras realizadas por outros artistas, muitos deles santeiros cujos nomes não são conhecidos, exemplos da arte colonial produzida em Minas Gerais.

No circuito de história natural é exibida uma grande quantidade de minerais e fragmentos de rochas, fósseis, exemplares de flora e fauna reunidos por Alfredo Ferreira Lage.
O arquivo do museu possui cerca de 10 mil documentos, entre cartas, ofícios, discursos, livros, jornais, revistas e mapas, e 18 mil fotografias e daguerreótipos da família Ferreira Laje, da família imperial e da cidade de Juiz de Fora, incluindo cartões-postais do Brasil do início do século XX e cartas trocadas por importantes figuras da época, dentre as quais as enviadas por dom Pedro I à sua amante, a Marquesa de Santos.

Possui também uma biblioteca com livros, periódicos e obras raras. Completam as instalações do museu uma reserva técnica, reformada em 1996 para aprimorar as condições de acondicionamento e conservação, um laboratório de conservação e restauro e um laboratório de fotografia.

EM NOME DO SUPERINTENDENTE DO MUSEU MARIANO PROCÓPIO, JORNALISTA DOUGLAS FASOLATO, A NOSSA HOMENAGEM PELO DIA MUNDIAL DOS MUSEUS 


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