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terça-feira, 12 de abril de 2011

Após briga em elevador, advogado atira em Coronel do Exército

Ao tentar furar a fila para ingressar no Condomínio Conjunto Baracat, no Conic (Brasília/DF), advogado é repreendido e briga com um coronel do Exército. Dez minutos depois, volta à recepção do prédio, atira na perna do militar e foge. Um advogado é acusado de ter atirado na perna esquerda do coronel do Exército Kleper Santos de Oliveira Batista, após uma discussão por conta de espaço no elevador do Condomínio Conjunto Baracat, localizado no Conic. O caso ocorreu por volta das 12h20 de ontem e a vítima, atingida na panturrilha, passa bem. Imagens do circuito interno do elevador mostram Raimundo Pereira Batista, 66 anos, proprietário de uma sala de advocacia no terceiro andar do edifício, agredindo o coronel no interior do elevador no momento em que eles estavam no térreo. O oficial revida com um soco. Em seguida, os dois vão parar na garagem do prédio. A briga continua fora do elevador. As gravações revelam que nessa hora Kleper tenta imobilizar Batista no chão. Um funcionário do condomínio chega ao local e consegue impedir que a situação continue.
No entanto, cerca de 10 minutos depois, o coronel do Exército vai até a recepção do prédio. Enquanto isso, o advogado sobe até a sala 304, pega uma arma de fogo — supostamente um revólver .38 — e desce pelas escadas em direção à entrada do prédio, onde está Kleper. Batista sacou então a arma e atirou contra o coronel, fugindo depois do local. A vítima foi amparada pela esposa, que presenciou o crime.
Depois do tiro, o casal foi de carro para o Hospital das Forças Armadas (HFA), no Cruzeiro, onde o coronel fez um curativo e logo recebeu alta. Kleper foi ouvido por policiais civis da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). De acordo com o delegado-chefe, Laercio Rossetto, ainda não foi esclarecido como o advogado saiu da cena do crime. “Não sabemos se ele foi de carro ou a pé”, afirmou o titular. Até o fechamento desta edição, o acusado ainda não havia sido localizado pelos agentes da Polícia Civil. “Já estamos fazendo diligências para achá-lo”, adiantou Rossetto.
No momento do crime, a recepção estava bastante movimentada por conta do horário de almoço. Rossetto ressaltou que Batista não agiu em legítima defesa e que ele poderia ter ferido outras pessoas. “A situação foi grave, ele poderia ter até matado outras pessoas que estavam lá no momento. O advogado não pode alegar que atirou para se defender”, explicou o delegado. Batista será indiciado por tentativa de homicídio, cuja pena varia de 12 anos a 30 anos de detenção, diminuída de um terço.
Funcionário do edifício comercial, Nelson Soares, 36 anos, foi uma das testemunhas do crime. Ele foi ouvido no fim da tarde de ontem por investigadores da 5ª DP. Ao Correio, afirmou ter presenciado o advogado furando a fila do elevador. “Ele disse que ia entrar no elevador porque estava atrasado. Mas o coronel estava na frente. Além dele tinham outras pessoas à espera”, contou.
Minutos depois, Soares teria ouvido o barulho do disparo da arma de fogo. “Eu só escutei um estampido. Quando eu subi para a recepção, os dois já haviam sumido e eu só encontrei manchas de sangue no chão. Cerca de vinte minutos depois, a Polícia Militar chegou lá”, relatou o funcionário do condomínio.
Ainda de acordo com Soares, o advogado trabalha no local há cerca de 30 anos. “Antes dessa briga, nunca o tinha visto daquele jeito”, comentou. O coronel teria ido ao local para pegar o carro estacionado na garagem do edifício. “O que eu sei é que ele tem uma vaga lá, onde guarda um VW/Gol vermelho, e trabalha no Edifício Eldorado, que fica ao lado do Baracat. E o advogado, que tem um Honda/Civic azul-escuro, também tem uma vaga lá, mas eu não o vi saindo de carro.”

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