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domingo, 1 de janeiro de 2012

Força Militar: Sob proteção de tropa mal paga

A presidenta Dilma Rousseff vai ficar até 8 de janeiro na Base Naval de Aratu, na Bahia, para um período de descanso. Ela é recebida, com o merecimento que seu cargo impõe, por militares em regime de plantão. Mas detalhes que os soldados não vão expor a Dilma, por respeito, é que a presidenta é servida por tropa que espera que a sua sensibilidade seja traduzida em reajustes, que, enfim, ela recupere soldos. 


Acostumada a ser atendida na Presidência por pessoal de apoio com vencimentos de R$ 3.993 a R$ 12.295 e servidores civis qualificados com salários até R$ 19.890, Dilma é cuidada por taifeiros que ganham soldos de apenas R$ 1.435, que, com adicionais, vão a R$ 1.972 — R$ 2 mil a menos que o piso salarial pago em seu gabinete.

Já os sargentos envolvidos na recepção e segurança da presidenta tiram, por mês, com adicionais, de R$ 3.260 a R$ 4.971 e vivem sonhando com equiparação com sargentos da PM de Brasília, que, em início de carreira, têm vencimentos de R$ 10 mil. 


Tenentes que comandam os graduados onde a presidenta está com a família recebem, por mês, com os adicionais, entre R$ 6.371 e R$ 7.334, menos que um escrivão da Polícia Federal (R$ 11 mil) e muito abaixo do que delegado da mesma PF, que tem vencimentos entre R$ 13.368 e R$ 19.699.

É para a presidenta Dilma Rousseff refletir. Quando adversários políticos se apressaram em divulgar que o governo havia gasto R$ 657,9 mil em novos móveis e reformas da Residência Funcional da Base Naval de Aratu, foi o pessoal de farda que lembrou que a reforma começara antes mesmo de Dilma tomar posse. Destacou que o gasto foi feito em um “Próprio Nacional Residencial das Forças Armadas”, “um rodízio de manutenção” dos imóveis oficiais para que não fiquem abandonados e deteriorem.

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