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quarta-feira, 4 de maio de 2011

QUADRILHA ALUGAVA CARROS E VENDIA EM JUIZ DE FORA E ZONA DA MATA

DELEGADOS FERNANDO CAMAROTA E MARCELO FARIA

Automóveis alugados em empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso estavam sendo vendidos em Juiz de Fora e região por uma quadrilha desmantelada pela Polícia Civil. O suspeito de ser o chefe do grupo foi preso pela Polícia Civil, que aponta o município como núcleo de atuação da gangue, que também tinha ramificações na Zona da Mata. As investigações mostram pelo menos mais quatro integrantes do esquema. Os suspeitos falsificavam as suas identidades para fazer a locação, além de fraudar a documentação dos automóveis, que eram depois revendidos. Até ontem, 11 veículos com procedência dos três estados já tinham sido apreendidos. Entre os modelos recolhidos estavam EcoSport, Voyage, Linea, Focus, Fiat Doblo, Fiesta, Chevrolet Classic, Celta e Gol. No entanto, a polícia acredita que existam de 80 a cem veículos circulando de forma irregular na região da Zona da Mata. O caso foi desvendado durante uma investigação conjunta, que durou três meses, entre o Grupo Tático Operacional (GTO) de Patrimônio e GTO de Tóxico da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha. Estima-se que a quadrilha tenha causado um prejuízo cujo valor varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão em locadoras de automóveis de São Paulo, Rio e Mato Grosso.
O líder da quadrilha, que está no Ceresp, foi preso em flagrante, na última sexta-feira, quando foi abordado por policiais civis na BR-040, ocupando um veículo que era trazido do Rio para fazer parte do esquema. De acordo com o delegado titular do GTO Patrimônio, Marcelo Faria, o homem será submetido a uma identificação criminal, uma vez que teria apresentado documentação falsa no momento em que foi detido. "As investigações apontam que ele sempre se apresentou com nomes falsos para conseguir a locação dos automóveis. Conseguimos apurar que, somente com a identidade apresentada por ele na sexta-feira, há diversas passagens pela polícia", afirmou o delegado.
Ainda segundo o titular do GTO Patrimônio, a quadrilha se utilizava de documentação falsificada para conseguir cartões de créditos junto às operadoras. "Com estes cartões, eles alugavam os carros para depois vendê-los para terceiros", explicou Marcelo Faria, acrescentando que o próximo passo é chegar até os outros envolvidos. "Eles poderão ser indiciados por falsidade ideológica e estelionato. A pena para estes crimes varia de quatro a 12 anos de prisão." Do total de carros apreendidos, nove foram apresentados ontem, pela Polícia Civil, já que dois tiveram que ser guinchados. Como apontaram as apurações, os criminosos tinham preferência por modelos variados, com ano de fabricação em 2010.

Compradores ainda serão identificados

Conforme o delegado titular do GTO Tóxico, Fernando Camarota, as investigações tiveram início com uma denúncia de tráfico de drogas e, ao ser verificada, chegou-se até a quadrilha que se apoderava de veículos de maneira indevida. Segundo ele, as operadoras de cartão também são vítimas do grupo, já que efetuaram o aluguel dos carros mediante apresentação de documentação falsificada. Já todas as pessoas que adquiriram os veículos serão identificadas. "Esses indivíduos, considerados terceiros de boa-fé, podem procurar a delegacia a fim de prestar esclarecimentos. Isso é importante para que possam isentar-se de qualquer responsabilidade", destacou Camarota. Ele adiantou que o caso deve ser remetido à Justiça em dez dias. "Acreditamos que, com o andamento das investigações, teremos êxito em identificar os outros integrantes do grupo, a fim de que sejam responsabilizados criminalmente", afirmou o delegado. A apuração dos crimes praticados pela quadrilha envolveu a participação de nove policiais da 1º Delegacia Regional. "O trabalho foi exitoso na medida em que atingimos o nosso objetivo, que era desmantelar a quadrilha", avaliou o delegado do GTO de Patrimônio, Marcelo Farias.

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