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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Preso porteiro acusado de tráfico


Um dos suspeitos mais procurados após a ocupação do Morro do Adeus pela Força de Pacificação estava trabalhando em prédio em Copacabana. Ele também responde por homicídio e formação de quadrilha

POR FLÁVIO ARAÚJO
Rio - Informação pelo Disque-Denúncia (2253-1177) levou à prisão nesta segunda-feira de um dos acusados de tráfico de drogas mais procurados da região dos complexos do Alemão e da Penha, que estava trabalhando como porteiro em um prédio de Copacabana.
 Alex Sandro Gomes Farias, o Orelha ou Sandro Paraibão, de 34 anos, foi detido por agentes da Divisão de Homicídios em prédio na Rua Domingos Ferreira. Segundo a polícia, ele responde por tráfico, homicídio, formação de quadrilha e é suspeito de participação na chacina de sete rapazes no Morro do Adeus, Bonsucesso, em 2007.
O emprego teria sido a solução para o suspeito, após a ocupação da comunidade pela Força de Pacificação. Ele trabalhava como porteiro há nove meses no prédio.
“Recebemos a informação e conseguimos pegá-lo. Ele era uma das mais importantes figuras da facção criminosa Comando Vermelho no Morro do Adeus, antes da ocupação da Força de Pacificação”, detalhou o delegado William Pena Júnior, da DH.
O mandado de prisão preventiva de Orelha foi expedido em processo que apura a morte do topiqueiro Renato Materco, 36 anos.
Pagamento
A vítima teria se envolvido em acidente com Kombi do traficante — que controlava o transporte alternativo no Morro do Adeus — e, depois de atraída ao alto do morro para supostamente negociar o pagamento do prejuízo, foi executada.
Orelha também é suspeito de ter ordenado a execução de sete rapazes. Na ocasião, um dos 20 traficantes que teriam participado da chacina, Júlio José de Souza, o Gringo, 26, contou detalhes do massacre, ao ser preso dias depois.
Segundo depoimento na 21ª DP (Bonsucesso), ele disse que as sete vítimas foram espancadas por três ou quatro horas, e estavam com pés e mãos amarrados uns aos outros. Um homem identificado como Luizão teria sido o responsável direto pelo crime.

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