VISUALIZAÇÕES

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Militares do Exército correm ultramaratona entre SP e MG


Trio de Juiz de Fora encara ultramaratona

Atletas locais correm, a partir de hoje, a Brasil 135, considerada a prova mais dura do país
Vanderson, Gerson e Roni vão percorrer 217km
 entre São Paulo e Minas Gerais
Três juiz-foranos vão representar o Exército Brasileiro na ultramaratona Brasil 135, com largada às 8h de hoje. O objetivo do trio é percorrer os 217km (135 milhas) de prova, entre São João da Boa Vista, interior de São Paulo, e Paraisópolis, em Minas Gerais, em 24 horas, bem abaixo das 36 horas que a organização da competição concede como limite aos participantes nessa categoria.

No ano passado, o trio campeão, de Brasília, completou o percurso em 23h54min. Já para os atletas que competem em duplas ou sozinhos, o tempo máximo é de 48 e 60 horas, respectivamente.

Buscando bater a meta estipulada, o subtenente Gerson Silveira, de 48 anos, e os sargentos Vanderson Souza, 38, e Roni Vieira, 40 - completados ontem -, treinaram cerca de quatro meses especificamente para a corrida, A prova é considerada a mais difícil do país na categoria e uma das mais complicadas do mundo.

Para se ter uma ideia, apenas dez quilômetros são percorridos em área plana. O restante é de subidas e descidas em um terreno com pedras, mato e barro - se chover. "A altimetria do percurso é muito complicada, e isso é o que mais dá medo. O sol, a chuva e a própria distância não me assustam", diz Vanderson Souza. A competição percorre as trilhas da região de divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais, no chamado Caminho da Fé.

A dificuldade fez com que o grupo dedicasse muito aos treinamentos específicos. "Não tem como terminar uma prova dessa sem se acostumar a correr cerca de 25 ou 30km por dia", explica Gerson. Além de dedicação, uma dose de experiência não é má ideia para um ultramaratonista. Vanderson é o atual campeão brasileiro da ultramaratona 24h, percorrendo 222,5km em um dia inteiro de corrida. Roni foi vice-campeão da última prova de 12 horas da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), cujo percurso foi de 97km. Já Gerson acumula 30 anos de provas entre rústicas e de navegação, chegando à quarta participação na Brasil 135.
Leia também:
Apoio
A estratégia do trio local, que tem o apoio do 4º Grupo de Artilharia e Campanha (4º GAC), 17º Batalhão Logístico, além da UFJF, Rodoviário Camilo dos Santos e Bikelight, será traçada momentos antes da largada. O que eles sabem é que vão se revezar durante toda a prova, e cada um deve correr mais de 70km, em períodos de duas horas cada. Mapas detalhados ou GPS não fazem parte do dicionário da Brasil 135. Apenas setas, fitinhas amarradas e algumas placas indicam o percurso. "Se você ficar muito tempo sem ver alguma indicação, provavelmente errou o caminho", diz Roni.

Uma viatura Agrale Marruá, do Exército, vai apoiar os atletas de Juiz de Fora. Na cola do trio também vai estar o pacer (que presta assistência aos corredores e os ajuda a manter o ritmo) Edivaldo Correa dos Santos. "O pacer acaba correndo até mais dos que os próprios atletas, porque dá todo o apoio que ele precisa, como abastecê-lo com água e comida."
(colaborou: Marco Antônio)


Nenhum comentário:

Postar um comentário