O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) se lançou nesta terça (1) candidato à presidência da Câmara, para disputar na eleição marcada com Marco Maia (PT-RS), candidato que tem o apoio da maioria dos partidos, e Sandro Mabel (PR-GO).
Bolsonaro protocolou a candidatura nesta terça, informou a Secretaria Geral da Câmara. Mas ele não tem o apoio do próprio partido, o PP, que aderiu à candidatura de Marco Maia. Sandro Mabel, o outro candidato avulso, não tem o apoio do PR, que também está com Maia.
Defensor dos militares na Câmara, Bolsonaro foi alvo de protestos de movimentos de defesa dos direitos de homossexuais depois de ter declarado que daria "um couro" para mudar o comportamento do filho se ele se revelasse gay.
O novo candidato disse que não chegou sequer a tratar com seu partido antes de se candidatar e citou o nome de José Dirceu ao se referir ao comando que Marco Maia (PT-RS) vai exercer se eleito.
"Acho que a pauta aqui tem que ser feita por nós e não pelo Executivo, à noite, ouvindo o Zé Dirceu. Quer ver uma coisa, falam muito em reforma política. (...) Você acha que eles vão propor uma reforma política que no futuro vai expurgá-los da política? Não vão", disse o deputado."Eu não tenho voto de ninguém. Eu quero dar meu recado. Quero meus 15 minutos, para dizer o que eu considero para a Câmara", afirmou.
Bolsonaro afirmou que o gesto de protocolar sua candidatura é mais de protesto contra a existência de um "presidente imposto".
"Não tenho o que os eleitores [deputados] aqui querem: ministério e estatal. Não estou sonhando, estou no sexto mandato. Se eu tiver meia dúzia de votos, vou pagar um churrasco para vocês hoje. Mas eu quero dar meu recado. Eu não posso aceitar que a minha Casa tenha um presidente imposto. O deputado Marco Maia ou outro qualquer que fosse determinado pelo Planalto", afirmou.
Críticas
O deputado do PP também chamou o deputado Maia de "ministro. "Por que ministro? Porque ele é Dilma, assim como ela colocou os 37 ministros, ela está colocando o 38º aqui dentro", disse.
"Se caísse o teto do Plenário, como você acha que a população reagiria? Cairia em luto? A nossa credibilidade está lá embaixo. Se está errado, nós temos que mudar. Com a indicação da Dilma para o presidente da Casa, não vai mudar nada. O pessoal do PT é profissional. Está cada vez mais se apoderando do poder", completou.
FONTE: http://g1.globo.com
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