A 21 de fevereiro de 1945, exatamente há 66 anos atrás, a FEB tomou de assalto o Monte Castelo, posição fortemente organizada e presumivelmente inexpugnável, não somente pela situação privilegiada de dominância como por estar defendida por um adversário adestrado, experiente e combativo, que já repelira, com êxito, três ataques anteriores desfechados pelos aliados.
A conquista de Monte Castelo constituíra-se num imperativo moral para os bravos expedicionários. Desafiados pelos insucessos e estimulados pelos sentimentos de honra e dignidade, os nossos soldados encaram, com firmeza e coragem, a crua realidade da guerra e prepararam-se, durante um rigoroso inverno, para o confronto decisivo. A intensificação da instrução, as infiltrações audazes das patrulhas, os golpes-de-mão, a inquietação da artilharia e dos morteiros inimigos, a chuva, a neve, a temperatura de 18 graus abaixo de zero, foram sacrifícios necessários ao enrijecimento dos nossos pracinhas, transformando-os em combatentes de escol. Na data que hoje comemoramos, lançaram-se com ímpeto irresistível ao ataque, esmagando resistências, desentocando os defensores das casas-matas, conquistando o objetivo que há muito os desafiava.
Ao evocarmos o feito heróico de Monte Castelo, motivo de justa ufania para todos os brasileiros, rendamos as nossas homenagens a todos aqueles que atenderam, solícitos, ao chamamento da Pátria em perigo. Aos valorosos soldados, que completaram o sucesso obtido em Monte Castelo, coroando-o com as vitórias de La Serra, Fornovo, Collecchio, Castelnuovo e Montese. Aos que, vitoriosos, tiveram a felicidade de retornar aos seus lares e, aos menos afortunados, que pagaram com o sacrifício supremo de suas vidas, o preço de nossa liberdade.
A pátria agradecida não os esqueceu. Os seus nomes permanecerão indelevelmente gravados em nossas mentes e nossos corações, como exemplos de patriotismo, abnegação, idealismo, fé no primado da justiça e da democracia e repúdio às ideologias totalitárias, quaisquer que sejam as suas colorações.
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