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domingo, 13 de fevereiro de 2011

13 de Fevereiro – Dia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército



Brasília - O Exército Brasileiro comemora, hoje, o Dia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército (SAREx), e presta a mais justa homenagem ao seu patrono, Frei Orlando, e reverencia a todos os capelães – padres e pastores – que integram esse fundamental serviço na Força Terrestre. 
  Não se pode fundamentar, com segurança e precisão histórica, quando se inicia a assistência espiritual às Forças Armadas do Brasil. Entretanto a primeira atividade de assistência religiosa aos militares em nosso território foi caracterizada por Dom Frei Henrique Álvares de Coimbra, ao celebrar a primeira missa no Brasil. Oficialmente, a assistência religiosa às Forças Armadas surgiu no Segundo Império, pelo Decreto nº 747, de 24 de dezembro de 1850, que aprovou o Regulamento da Repartição Eclesiástica do Exército. Durante a Guerra da Tríplice Aliança, maior conflito armado na América do Sul, existe o registro histórico de muitas páginas escritas pelos capelães que prestavam assistência religiosa aos combatentes.
   Na República, o Corpo Eclesiástico do Exército, criado por D. Pedro II, foi extinto. Na Revolução de 1930 e no Movimento Nacionalista de 1932, novamente encontramos a presença de sacerdotes fardados nos hospitais militares, nos deslocamentos de tropa e até nas trincheiras.
O Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas (SARFA) foi criado pelo Decreto-Lei nº 6.535, de 26 de maio de 1944, e instituído, em caráter permanente, pelo Decreto-Lei nº 8.921, de 26 de janeiro de 1946, de acordo com o previsto na Lei nº 5.708, de 8 de outubro de 1971.
O atual Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas foi criado pela Lei nº 6.923, de 29 de junho de 1981. A partir dessa data, os Capelães Militares passaram a integrar, efetivamente, a oficialidade de carreira dentro das respectivas Forças.
   O SAREx tem por missão prestar assistência religiosa e espiritual aos militares e aos civis em serviço nas organizações militares e às respectivas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas no Exército. Espelhando-se na figura de seu Patrono, os clérigos da Força Terrestre têm o exemplo autêntico de como dedicar-se à assistência espiritual, moral e psicológica que prestam aos militares e às suas famílias. Nossos padres e pastores seguem suas missões: soldados de Caxias e guias espirituais dos integrantes da família militar da Força Terrestre.
   Antônio Álvares da Silva – o Frei Orlando nasceu em 13 de fevereiro de 1913, em Morada Nova, município de Abaeté (MG). Órfão com apenas um ano de idade, foi criado por família que cultivava a fé católica. Iniciou seus estudos no Colégio dos Franciscanos, em Divinópolis (MG), e os concluiu na Holanda, de onde retornou para o Brasil, a fim de ser ordenado sacerdote. Designado para trabalhar em São João Del Rei (MG), Frei Orlando atuou como professor no Colégio de Santo Antônio e instituiu uma obra de assistência social que chegou a receber o apoio voluntário de muitos integrantes do 11º Regimento de Infantaria (11º RI, atual 11º Batalhão de Infantaria de Montanha).
   Em 1944, Frei Orlando apresentou-se como voluntário para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Foi nomeado Capitão-Capelão do II Batalhão do 11º RI. Sua presença era constantemente notada na primeira linha. Um dia antes do ataque a Monte Castelo, Frei Orlando já visitara todas as companhias de seu Batalhão, menos uma. A todo custo iria visitá-la, pois queria levar a todo o seu “rebanho” uma palavra de conforto. Sua atuação nos campos italianos valeu-lhe duas condecorações post mortem: a Medalha de Campanha e a Medalha de Guerra. O Presidente da República, por intermédio do Decreto nº 20.680, de 28 de fevereiro de 1946, considerando o Frei haver demonstrado possuir perenes virtudes morais e cívicas, que o recomendavam à posteridade, como modelo do verdadeiro sacerdote capelão militar, resolveu instituí-lo Patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército Brasileiro, pelos inestimáveis serviços prestados à Força Expedicionária Brasileira, nas fileiras do Regimento Tiradentes.

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