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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Senadores defendem renúncia de Palocci ou que Dilma o afaste do cargo de ministro da Casa Civil

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse nesta segunda-feira que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci deve renunciar ao cargo para evitar "maiores danos" ao governo da presidente Dilma Rousseff. Na opinião do peemedebista, o ministro deve explicações à população e ao Congresso sobre a evolução de seu patrimônio. Jarbas afirmou que juntar cerca de R$ 7 milhões em quatro anos não é uma tarefa fácil, ainda mais quando executada paralelamente ao trabalho como deputado. Caso o ministro não renuncie, sugere que Dilma o afaste do cargo.


Cabe ao ministro Antonio Palocci renunciar ao cargo para evitar maiores danos ao Governo ou cabe à própria Presidente da República justificar a sua fama de gerente intransigente, cortando na carne ao afastar o principal auxiliar - disse o senador, na tribuna do Senado.

Em aparte, a senadora Ana Amélia (PP-RS) sugeriu que Dilma siga o exemplo do ex-presidente Itamar Franco, que em seu governo afastou o então ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves, acusado de irregularidades no cargo.

- Depois do esclarecimento do episódio, Henrique Hargreaves voltou muito mais fortalecido ao cargo depois dessa atitude absolutamente correta e absolutamente comprometida com a causa pública e com a sobriedade, com a ação republicana e com a ação ética determinada pelo então presidente Itamar Franco - afirmou a senadora.

Para Jarbas, Palocci deve revelar quais foram as empresas para as quais trabalhou como consultor e que serviços prestou, entre 2007 e 2010, quando ainda exercia o mandato de deputado federal pelo PT de São Paulo. A bancada de oposição , segundo ele, não vai aceitar a tentativa de "blindagem" do ministro da Casa Civil por parte da maioria governista.

O senador pernambucano relembrou também o escândalo de 2006, quando Palocci se envolveu com a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.

- É comum se afirmar que quando alguém escapa ileso de uma grande provação foi premiado com uma segunda chance para fazer a coisa certa. Existem aqueles que agarram essa oportunidade e fazem jus à boa sorte conquistada. E há outros que incorrem novamente no erro. É neste grupo que está incluído o ministro Antonio Palocci - argumentou.


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