Engenheiros do Exército de Itajubá e do Rio de Janeiro definem na quinta-feira (28) sobre a viabilidade da construção de uma ponte de metal sobre o Rio das Velhas, na BR-381, para o tráfego de veículos. A atual, de concreto, está interditada desde o último dia 20, depois de apresentar rachaduras e perigo de desabamento.
Nesta quarta-feira (27), o superintendente do Dnit, Sebastião Donizeti, disse que a provável solução para o trânsito na rodovia beneficiará todo tipo de veículo. Haverá restrição apenas para caminhões que transportam cargas pesadas. “Esse limite quem vai estabelecer é o Exército”, afirma.
Outra dúvida de Donizeti é se a ponte de metal disponível será compatível com a atual estrutura viária naquele trecho da BR-381. A ponte condenada tem 177 metros de extensão. A estrutura metálica cogitada como alternativa, até que a definitiva seja construída, tem 60 metros. “O Exército, que tem know-how nesse tipo de construção, vai decidir quais as obras que precisam ser feitas, de fundação, para suportar a estrutura metálica, e também para realizar o encontro da ponte com a rodovia”, explica Donizeti.
Ele informou que o veto pelo Exército dessa ponte de metal comprada pelo Dnit significa que população terá que esperar, no mínimo, seis meses até a construção da nova ponte de concreto. A previsão é que a demolição comece na próxima quarta-feira. Como se trata de uma obra de emergência, a legislação dispensa processo licitatório, que demanda um prazo mais longo de concorrência pública entre empresas interessadas.
Também na próxima semana deverá estar concluída a montagem e a instalação de uma nova passarela de metal para a travessia de pedestres. No local, está instalada uma improvisada pelo Exército, feita dois dias depois da interdição da ponte.
O inconveniente dessa passarela é a instabilidade para quem precisa atravessá-la. Ela foi instalada sobre pequenos barcos, virados de cabeça para baixo. A correnteza do Rio das Velhas faz a estrutura metálica balançar muito. O problema é agravado pela falta de corrimões firmes para apoio das mãos. O que existe são cordas de naylon para ajudar a manter o equilíbrio. Na quarta-feira, um senhor aparentando mais de 70 anos, precisou ser carregado porque chegou a desmaiar. Ele foi socorrido por uma ambulância.
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