O Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias (CEP/FDC) foi criado em 24 de abril de 1965, como resultado da fusão do Curso de Técnica de Ensino, do Curso de Classificação de Pessoal e do Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras, que se achavam, até então, dissociados, realizando-se em diferentes estabelecimentos de ensino.
O Forte Duque de Caxias é um raro patrimônio público, erguido por ordem do Marquês do Lavradio, cuja origem remonta ao ano de 1776, época em que era chamado Forte do Vigia ou da Espia, e que destinava-se a alertar as outras fortificações sobre a chegada de navios ao Rio de Janeiro. Em 1789, o Forte do Vigia foi guarnecido pela Companhia dos Dragões de Minas, onde servia o Alferes Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes – poucos dias antes de sua prisão.
O Forte atual, construído entre 1913 e 1919, foi erguido sob as ruínas do antigo Forte do Vigia e devido a sua posição geográfica foi artilhado com obuseiros, armamentos que se destinam a transpor altas barreiras, completando, assim o sistema defensivo do porto do Rio de Janeiro, constituindo importante baluarte na defesa de nossa cidade à época.
MISSÃO:
- Especializar recursos humanos para o desempenho de funções técnicas e de assessoramento nos sistemas de ensino, de comunicação social e de operações psicológicas do Exército.
- Especializar recursos humanos, no nível stricto sensu, mestrado, em Educação Militar.
- Capacitar recursos humanos em idiomas. - Realizar a avaliação psicológica para missões de paz e cursos.
- Realizar pesquisas nas áreas de pessoal, da educação, da psicologia, da comunicação social e em outras áreas de interesse do Exército nos campos das ciências humanas, aplicando-as às ciências militares.
- Preservar o patrimônio e os valores históricos e culturais do Forte Duque de Caxias, bem como a área de proteção ambiental sob responsabilidade da Unidade.
O Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias (CEP/FDC) vivencia mais um importante momento dos seus 45 anos de história, provocado por mudanças pelas quais passa o Exército Brasileiro como Instituição e, também, pela atual reestruturação do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).
As mudanças em curso no EB são decorrentes dos imperativos da Estratégia Nacional de Defesa que aponta para a necessidade de reestruturação das Forças Armadas, visando a atender às demandas de um complexo e incerto cenário mundial, o qual determina reflexões sobre a missão e as relações das Instituições Militares com os demais segmentos do Poder Nacional.
Uma análise dos cenários nacionais e internacionais para a atuação das Forças Armadas do Brasil no ano de 2030 pressupõe a implementação de mudanças nas diretrizes estratégicas, doutrinárias, tecnológicas e de gestão, que exigem o desenvolvimento de novas capacitações operacionais de nossos recursos humanos. A mentalidade de inovação deverá ser a dominante no âmbito do universo militar, para, mais do que atender às demandas, saber se antecipar aos desafios de um novo tempo.
Ao Exército caberá o desenvolvimento de pesquisas e estudos para o preparo de seus homens para transitarem com desenvoltura no campo da cibernética, organizando-se sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença, para responder prontamente a qualquer ameaça ou agressão externa, bem como garantir a lei e a ordem interna, nos termos da Constituição Federal.
A Estratégia Nacional de Defesa destaca o imperativo de flexibilidade, definindo-o como a capacidade de empregar as forças militares, com o mínimo de rigidez pré-estabelecida e com o máximo de adaptabilidade à situação de combate. Ressalta, ainda, a necessidade de elasticidade, que se traduz na capacidade de aumentar rapidamente o dimensionamento das forças militares, mobilizando em grande escala os recursos humanos e materiais do país.
O documento enfatiza que o Brasil deverá ampliar a participação em operações de paz, sob a égide da ONU ou de organismos multilaterais da região, de acordo com os interesses nacionais expressos em compromissos internacionais.
Há que se considerar que o profissional militar de 2030, o qual atuará como chefe nos seus diversos níveis, necessita ter a sua formação ou aperfeiçoamento iniciado desde já, o que justifica o valor estratégico da educação.
Se por um lado a compra de equipamentos depende de recursos e suporte logístico, o
desenvolvimento da cultura e da mentalidade de um profissional são forjados ao longo dos anos. Portanto, para o Sistema de Educação a linha temporal começa hoje.
Nesse contexto, os militares do Exército Brasileiro do século XXI deverão estar aptos a fazer parte desta nova Força, necessitando adquirir novas competências que os capacitem a realizar com eficiência as novas missões impostas. O novo militar deverá aliar rusticidade e qualificação.
A exigência de novos atributos, novas habilidades e, mesmo, de um novo perfil irão impor a criação de novos cargos, a supressão de outros, como também, deverão provocar a modificação nas habilidades dos cargos hoje existentes.
O novo serviço militar imposto pela transformação da Força Terrestre irá exigir novos padrões funcionais para cabos e soldados.
A formação do Oficial deverá sofrer profundas modificações, demandando, além de alterações curriculares, que o futuro Oficial possua grande comprometimento com os valores da Força Terrestre, capacidade de doação e flexibilidade. Surge daí a necessidade de implementação da avaliação psicológica já no processo seletivo da AMAN.
Mapear o atual perfil sociológico do militar será de fundamental importância para que a Força Terrestre possa analisar o seu processo seletivo, podendo modificar suas campanhas de divulgação, formas de acesso e mesmo a abordagem durante a formação.
Este novo Exército não poderá estar distanciado do ambiente acadêmico civil, devendo ser incentivada a participação cada vez mais efetiva de profissionais civis e militares nos assuntos ligados à defesa, como também, serem aproveitadas as práticas e técnicas de excelência na área de ensino de instituições com renomado conceito na área acadêmica.
FONTE: http://www.cep.ensino.eb.br/
Ao comandante e demais integrantes nossos parabéns, em especial ao nosso amigo Cel Art Duílio Paulo de Miranda, subcomandante.
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