Ele veio correndo por fora. Ali, entre o sexto e sétimo lugares. Até que na última volta, Leandro Prates acelerou o passo e foi deixando todos os adversários para trás. Na sua cola vinha o equatoriano Byron Efren Piedra mas, apesar do fôlego que começou a faltar no final dos 1.500m, o brasileiro levou a melhor. O adversário bem que estufou o peito, só que ainda faltou um pouquinho para evitar a derrota para o policial militar por apenas um centésimo: 3m53s44 contra 3m53s45. O bronze foi para o venezuelano Eduar Villanueva (3m54s06).
Eu fiquei tremendo. Queria uma medalha, independentemente da cor dela, se fosse dourada, se fosse de bronze... Eu queria levá-la porque tem muitas pessoas no Brasil torcendo por mim. Ficava pensando: “Será que eu vou conseguir, será que não vou?”. Quando eu vi no painel que eu tinha ganho, fui comemorar - disse Leandro.Piedra dava como certo o alto do pódio. Comemorava antes mesmo do resultado oficial. Enquanto isso, o brasileiro ainda no chão, não escondia a apreensão. E ela só terminou depois que o o "photo finish" confirmou que ele era o dono da medalha dourada. Um prêmio e tanto para o baiano, natural de Vitória da Conquista, que pediu afastamento temporário do quartel para poder competir em Guadalajara.
Piedra, com cara de poucos amigos, disse que o Ministério Equatoriano iria recorrer do resultado.
- Ele também é um colega de competição, sempre estou competindo com ele. Eu aqueci com ele, conversamos antes da prova. É um amigo. Mesmo se eles recorrerem, se pegarem a medalha, eu estou tranquilo, fiz o meu melhor. O mais difícil foi treinar para poder vencer. Estou há 30 e poucos dias aqui para suportar a altitude e, graças a Deus, o treinamento que nós fizemos aqui valeu a pena - afirmou o brasileiro.
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