A Defesa Civil orientou ontem que, pelo menos, a parte de trás do prédio de sete andares, onde funcionava o Castelo da Borracha, na Avenida Getúlio Vargas, seja demolida. A recomendação faz parte do parecer final feito pela pasta, acerca da situação dos imóveis que ficaram de pé, após serem atingidos pelo incêndio que destruiu lojas do Centro, na segunda-feira. Em relação aos outros dois prédios, localizados sobre a Tete Festas, na Rua Floriano Peixoto, foram solicitados reparos na estrutura, sobretudo no imóvel de dois andares, onde ficava o Hotel Nacional, que precisa de intervenções mais urgentes. De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, major José Mendes, a partir do momento em que são notificados, os proprietários têm até cinco dias para se manifestarem.
No final da tarde de ontem, a calçada da Getúlio Vargas, no trecho atingido, já havia sido parcialmente liberada, ficando delimitada por faixas de segurança. Por volta das 20h, o tráfego da avenida e da Rua Afonso Pinto da Mota foi restabelecido para carros comuns. Já a Floriano Peixoto seguia interditada, entre Rio Branco e Getúlio, com previsão de ser liberada por volta de meio-dia de hoje. Homens da Guarda Municipal e Polícia Militar cuidam do trânsito.
O que sobrou das lojas demolidas terminou de ser removido ontem. Mas, antes de ser levado ao aterro municipal, o material foi depositado no Terreirão do Samba, para que caminhões maiores fizessem o transporte. No meio da tarde, a Tribuna flagrou uma confusão em frente ao local. Alguns catadores de materiais recicláveis se aglomeravam em frente ao espaço, para que pudessem pegar parte do que restou. "Havia muito material bom, como cobre e ferro. Queríamos ter recuperado parte desse material, mas não deixaram a gente entrar", protestou a presidente da Associação Municipal de Catadores de Papel, Janaína Silva.
O diretor de operações do Demlurb, Paulo Delgado, explicou não ser permitida a entrada de catadores no endereço, já que era uma área exclusiva para o transbordo de materiais. Ontem, excepcionalmente, foi possibilitado aos proprietários dos imóveis atingidos que tentassem recuperar algo. "Mas eles acabaram desistindo de fazer buscas, já que havia muitos objetos cortantes entre os escombros e pouca coisa a ser reutilizada."
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