A chuva da madrugada de segunda-feira (9) provocou inundações nas ruas do Bairro Industrial, na Zona Norte. O Córrego Humaitá transbordou, alagando a Avenida Lúcio Bittencourt. Apesar de alguns moradores contestarem a eficiência do dispositivo de alerta colocado pela Defesa Civil nas margens do Rio Paraibuna, o órgão garante que não houve registro de falha no funcionamento.
Segundo a pasta, o que pode ter havido é um desábito da população em relação ao sistema. No mesmo bairro, a Rua Henrique Simões e outras duas do entorno, que dão acesso à Avenida Brasil, foram interditadas para trânsito de veículos, já que o nível da água continuava subindo.
Segundo a Defesa Civil, o alagamento atingiu 50cm acima do solo, tendo descido cerca de 10cm até o fim da tarde. Na maioria das casas, as garagens estavam alagadas, e moradores se apressavam para levantar os móveis. "Já coloquei tudo para o alto. Vamos ficar vigiando. Se a chuva continuar, vamos largar tudo para trás e ir para casa de parentes", afirmou o aposentado Geraldo de Oliveira. Nas ruas, carros chegaram a ser invadidos pela enchente.
Por causa da cheia do Paraibuna, a Defesa Civil emitiu alerta à população dos bairros Industrial e Ponte Preta. Neste último, ainda pela manhã, a água passava rente aos fundos da casa, mas não houve registro de alagamentos até o fim do dia. Na ponte de Santa Terezinha, a régua da Defesa Civil que mede a profundidade do rio marcava 2,75m, quase um metro acima da média, que é de 1,9m.
Cidade Alta
Já no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, pelo menos 18 casas foram invadidas por água de esgoto em decorrência da chuva. Segundo os moradores, o problema vem ocorrendo desde o início das obras da BR-440. Nos fundos da casa da empresária Suely Martins, na Avenida Senhor dos Passos, formou-se uma verdadeira piscina no quintal de quase dois mil metros quadrados. Com medo da água invadir a casa, a família colocou barreiras nas portas, com pedaços de tijolos.
No imóvel ao lado, o terreno também foi tomado pela água suja. Moradores improvisaram tábuas para passar, evitando o contato com a enchente, que chegou a alcançar 50cm de altura. Na Rua Ângela Maria de Jesus, local conhecido como Vila São Jorge, os problemas são ainda maiores. Em algumas residências, na tarde de ontem, a água estava a quase 1m de altura. "A gente fica a noite toda com lanterna do lado para ver se a água está subindo", desabafa a dona de casa Margarida Serrinha. Na rua onde mora, as residências ficam em terrenos abaixo do nível da obra da BR-440, e os fundos das casas são os primeiros a serem alagados.
Moradores afirmam que já recorreram à empresa que executa as obras da rodovia, mas não obtiveram retorno. Contam que a Defesa Civil esteve no local e que teria verificado que o retorno do esgoto seria por causa da represa e dos problemas relativos à construção da BR-440. Ainda de acordo com os moradores, a Secretaria de Obras garantiu que, no período de estiagem, o problema será resolvido. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da pasta.
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