Acontece nesta terça-feira (20) a quarta rodada de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo. Após a apresentação de propostas, assembleias serão realizadas pelo Brasil para a avaliação da negociação e votação do indicativo de greve. Em Juiz de Fora, a assembleia acontece na próxima quinta-feira (22) e, conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata (Sintraf-JF), a categoria já poderá decretar greve por tempo indeterminado no dia 23, caso as propostas da Fenaban não atendam à classe. Já na manhã desta terça-feira (20), agências bancárias amanheceram com cartazes indicando o descontentamento da categoria.
Em relação às três últimas rodadas de negociações, o presidente do Sintraf, Robson Marques, avalia como negativas, já que segundo ele, os bancos teriam plena condição de acatar as reivindicações. "Condições para acatar os bancos têm, físicas e financeiras. Nos seis primeiros meses do ano, o lucro líquido das agências chegou a R$ 27,4 bilhões. No entanto, nossas exigências foram desprezadas", destaca.
Exigências
A classe pede um reajuste salarial de 12,8% - correspondente a reposição da inflação mais 5% de ganho real -; a participação nos lucros e resultados de três salários dos bancários mais R$ 4.500; ampliação do piso da categoria de R$ 1.250 para R$ 2.297,51, conforme projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em caráter social, os bancários também pedem o aumento do horário de atendimento dos bancos, das 9h às 17h, com a abertura de dois turnos de trabalho. Outro ponto debatido é a eliminação dos correspondentes bancários e o aumento das agências, o que, segundo os bancários, iria garantir mais segurança para a população e trabalhadores.
FONTE: www.tribunademinas.com.br
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