No segundo dia do 6º Seminário do Livro Branco de Defesa Nacional, uma série de painéis abriu as atividades da manhã. O primeiro deles, cujo tema foi “A Transformação na Defesa Nacional”, discutiu os processos necessários para que as Forças Armadas de fato passem por um processo de revitalização, inovando seus processos e melhorando suas práticas.
Com José Alexandre Pires, do Ministério da Defesa, como debatedor, o encontro começou ressaltando a importância da ciência para a Defesa, já que ela virou uma aliada e força nos dias atuais. Na sequência, o Major Rui Martins da Mota discutiu o tema “Gestão da Inovação de Defesa e Transformação do Exército”, citando os principais desafios futuros das Forças Armadas.
“Os pontos que precisam ser destacados são as frentes de batalha indefinidas, a velocidade dos acontecimentos e dos deslocamentos, o papel das informações, a necessidade de inovações e transformação”, afirmou o Major, que destacou também o obstáculo enfrentado pelo Brasil diante do cerceamento de tecnologias por parte de outras países, como no caso aeroespacial, nuclear, cibernético e químico.
Para combater o processo que torna as tecnologias de Defesa obsoletas, a autoridade sugere abordagens que aumentem a demanda e diversifiquem os investidores. “A transformação militar começou nos Estados Unidos. No Brasil, temos o Projeto de Força [PROFORÇA] que prevê sete vetores de transformação com a finalidade de aumentar a operacionalidade do Exército”, afirmou.
O Major Marcio Dantas Avelino Leite, último palestrante do painel, exaltou o planejamento estratégico das Forças Armadas baseado em capacidades e citou como exemplo o mesmo processo realizado pela OTAN após os ataques de 11 de setembro, traçando uma comparação com o sistema brasileiro.
“Capacidade não é recurso nem capacitação. São necessários doutrina, organização, treino, material, liderança, pessoal e infraestrutura”, disse o Major. Ele também destacou o processo que prevê adaptação, modernização e transformação no Brasil, e que já está sendo implantado na Argentina e no Chile. Segundo ele, até 2030, o ciclo estará completo no nosso País.
No segundo painel da manhã, o tema abordado foi o “Financiamento da Defesa Nacional”. Mediado pelo Prof. Dr. Alberto Pfeifer, da USP, o encontro teve início com uma apresentação realizada pelo Coronel José Augusto Crepaldi Affonso, que falou sobre a política de offset da Aeronáutica no âmbito da estratégia nacional de defesa.
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