Em entrevista, Bolsonaro diz que MEC "abre as portas" para homossexualidade e pedofilia
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse nesta quinta-feira (31) que o Ministério da Educação (MEC) estimula a homossexualidade e “abre as portas” para pedofilia nas escolas com a distribuição dos kits anti-homofobia nas instituições de ensino fundamental e médio. A afirmação foi feita em entrevista à rádio Eldorado-ESPN de São Paulo.
“Atenção, pais: os seus filhos vão receber um kit que diz que é pra combater a homofobia, mas na verdade estimula o homossexualismo”, disse. “Com a mentira de combater a homofobia, eles [o MEC] estão estimulando o homossexualismo e abrindo as portas para a pedofilia”, disse o parlamentar.
Os kits, que serão distribuídos em breve, são formados por cartilhas, vídeos, cartazes, entre outros materiais, e visam combater o preconceito contra crianças e adolescentes gays. O MEC não quis se manifestar a respeito das declarações de Bolsonaro.
Indagado por um dos entrevistadores, que questionou o porquê de o parlamentar tratar a homossexualidade como doença, Bolsonaro respondeu que não admite que se faça “apologia ao homossexualismo”. “[Homossexualidade] para mim é grave. Eu não admito fazer apologia ao homossexualismo, idolatrar o homossexual, deixar que o homossexual entre na escola”, afirmou.
Na sequência, questionado como reagiria se tivesse um filho homossexual, o parlamentar voltou a dizer o que já havia afirmado no programa CQC, na última segunda-feira (28). “Eu eduquei meu filho. Não corro esse risco.”
Vaccarezza chama Bolsonaro de estúpido e quer análise na CCJ
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira que o colega Jair Bolsonaro (PP-RJ) tem se caracterizado como um deputado estúpido. Vaccarezza propôs que o caso do congressista, que fez declarações classificadas como racistas na TV, seja analisado também pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), não só pela corregedoria e Conselho de Ética da Casa.
Na opinião do líder, a CCJ tem que se debruçar sobre os limites da imunidade parlamentar. "Qualquer deputado tem seu direito de palavra garantido, mas será que a Constituição garante alguém que defenda o holocausto, por exemplo? Acho que essa é uma discussão mais profunda, que não cabe só ao Conselho, mas também à Comissão de Justiça", disse Vaccarezza.
Na última segunda-feira, Preta Gil perguntou no programa "CQC", da TV Bandeirantes, como o deputado reagiria se seu filho se apaixonasse por uma negra. "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu", respondeu Bolsonaro.
Sobre o mérito da resposta do colega, Vaccarezza respondeu: "Achei condenável. Mostra a estupidez do que é o pensamento político ideológico dele. O Bolsonaro tem se caracterizado como um deputado estúpido e foi eleito já com essa estupidez. (...) É mais do que racismo, passa do limite da razoabilidade", disse o petista defendendo também que o PP tome alguma atitude.
Questionado sobre as declarações do líder do governo, Bolsonaro disse: "Se essa palavra [estupidez] partisse de mim seria quebra de decoro, mas como partiu dele é liberdade de expressão (...) Mas eu não vou entrar em uma discussão com o líder do governo, que baixou o nível".
Por causa de suas declarações, cinco representações por quebra de decoro parlamentar já foram protocoladas na corregedoria-geral da Câmara. Todas foram enviadas imediatamente pelo presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), à corregedoria, que prometeu investigar o caso.
Após ser notificado, Bolsonaro terá cinco dias para se defender. A decisão da Corregedoria será depois enviada à Mesa Diretora da Câmara, que poderá encaminhar o caso ao Conselho de Ética, podendo iniciar um processo de cassação do mandato.
Ontem, o congressista disse estar se "lixando" para críticas de gays e se defende falando que entendeu a pergunta de Preta Gil equivocadamente. Segundo o deputado, ele entendeu que a pergunta da cantora foi como ele reagiria se seu filho se apaixonasse por um homossexual e não por uma negra.
FONTE:
Na opinião do líder, a CCJ tem que se debruçar sobre os limites da imunidade parlamentar. "Qualquer deputado tem seu direito de palavra garantido, mas será que a Constituição garante alguém que defenda o holocausto, por exemplo? Acho que essa é uma discussão mais profunda, que não cabe só ao Conselho, mas também à Comissão de Justiça", disse Vaccarezza.
Na última segunda-feira, Preta Gil perguntou no programa "CQC", da TV Bandeirantes, como o deputado reagiria se seu filho se apaixonasse por uma negra. "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu", respondeu Bolsonaro.
Sobre o mérito da resposta do colega, Vaccarezza respondeu: "Achei condenável. Mostra a estupidez do que é o pensamento político ideológico dele. O Bolsonaro tem se caracterizado como um deputado estúpido e foi eleito já com essa estupidez. (...) É mais do que racismo, passa do limite da razoabilidade", disse o petista defendendo também que o PP tome alguma atitude.
Questionado sobre as declarações do líder do governo, Bolsonaro disse: "Se essa palavra [estupidez] partisse de mim seria quebra de decoro, mas como partiu dele é liberdade de expressão (...) Mas eu não vou entrar em uma discussão com o líder do governo, que baixou o nível".
Por causa de suas declarações, cinco representações por quebra de decoro parlamentar já foram protocoladas na corregedoria-geral da Câmara. Todas foram enviadas imediatamente pelo presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), à corregedoria, que prometeu investigar o caso.
Após ser notificado, Bolsonaro terá cinco dias para se defender. A decisão da Corregedoria será depois enviada à Mesa Diretora da Câmara, que poderá encaminhar o caso ao Conselho de Ética, podendo iniciar um processo de cassação do mandato.
Ontem, o congressista disse estar se "lixando" para críticas de gays e se defende falando que entendeu a pergunta de Preta Gil equivocadamente. Segundo o deputado, ele entendeu que a pergunta da cantora foi como ele reagiria se seu filho se apaixonasse por um homossexual e não por uma negra.
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