A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram juntos, às 21h26 desta quarta (30), no salão do Palácio do Planalto onde é velado o corpo do ex-vice-presidente José Alencar. Os dois cumprimentaram a mulher de Alencar, Mariza, o filho, Josué, e familiares. Lula chegou chorando. Aos prantos, ao lado do caixão, ele beijou a testa de Alencar. Dilma também se aproximou do caixão e colocou a mão sobre as mãos do ex-vice-presidente. A presidente e o antecessor viajaram juntos desde Portugal, onde participaram da cerimônia na qual Lula recebeu o título de doutor "honoris causa" da Universidade de Coimbra. O ex-presidente dedicou o título a Alencar. Devido ao atraso - a previsão inicial de chegada era às 20h -, os dois se deslocaram de helicóptero entre a Base Aérea de Brasília e o Palácio do Planalto.
Após a chegada de Dilma e Lula, teve início uma celebração católica de encomendação do corpo, aberta ao público. Participaram da cerimônia ministros, governadores e os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (José Sarney, Marco Maia e Cezar Peluso), entre outras autoridades.
Dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mencionou o otimismo e fé de Alencar. "Era impressionante o seu otimismo depois de cada cirurgia. Ele dizia: 'não tenho medo da morte. Acredito em Deus'", disse. Segundo Lara Barbosa, o ex-vice-presidente foi um "guerreiro vitorioso".
Na manhã desta quinta, por volta das 6h30, o caixão com Alencar será levado para Belo Horizonte, onde haverá novo velório. Às 14h, haverá uma cerimônia reservada de cremação do corpo.
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