Um ano depois da tragédia que matou 31 pessoas em Angra dos Reis, o Estado do Rio de Janeiro volta a sofrer com desmoronamentos provocados pela chuva. A Defesa Civil de Teresópolis, cidade mais afetada pelos temporais que atingem a região serrana do Rio desde a última segunda-feira (10), confirmou no início da tarde desta quarta-feira (12), a morte de 89 pessoas nos deslizamentos, que atingem principalmente 15 bairros. Segundo as autoridades fluminenses, há mortos também nas cidades de Petrópolis e Nova Friburgo.
Até o momento, foram contabilizados cerca de 1.250 desalojados e 960 desabrigados, 200 feridos e 200 atendimentos de emergência em Teresópolis. Os desabrigados estão sendo encaminhados ao ginásio de esportes da cidade Pedro Jahara, conhecido como "Pedrão" -- mesmo local que está recebendo as doações.
Muitas pessoas ainda estão presas em localidades isoladas, que não podem ser acessadas por automóveis. A Prefeitura de Teresópolis informou que apenas nessas localidades ainda falta luz e água. Nos demais pontos, os serviços já foram restabelecidos.
O prefeito Jorge Mario (PT) assinou durante a tarde o decreto de estado de calamidade pública com o objetivo de pedir recursos emergenciais. Ele, que classificou a tragédia como "a maior catástrofe da história do município", estima que a verba necessária seria da ordem de R$ 100 milhões.
Nesta quarta-feira, o prefeito esteve reunido com o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Minc, com a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, e com o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves. Espera-se que o ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra, chegue em Teresópolis ainda hoje.
De acordo com Rodrigo Neves, o governo estadual vai disponibilizar ajuda financeira para as familias prejudicadas. A presidente do Inea disse que, emergencialmente, estão sendo mobilizados equipamentos, escavadeiras, caminhões e pessoal para ajudar a desentupir os rios do município.
A Secretaria Estadual de Saúde também autorizou a instalação de um hospital de campanha, que provavelmente deve ser montado no centro da cidade, que não foi atingido pelo deslizamento.
Para Minc, "a desgraça seria muito maior" se o governo não tivesse retirado das áreas de risco e dado aluguel social a 200 pessoas, no ano passado.
A secretaria municipal de Meio Ambiente informou que o volume de chuvas que atingiu o município durante cinco horas na madrugada foi o equivalente ao esperado no mês. Em 24 horas, foram registrados 140 mm de chuva.
O gabinete de emergência foi acionado pelo prefeito ainda de madrugada e cerca de 800 pessoas estão trabalhando no atendimento aos prejudicados. A expectativa é de que volte a chover, mas não em volume tão grande quanto o que foi registrado durante a madrugada.
Nova Friburgo
Pelos números da assessoria de comunicação do Palácio Guanabara, são oito os mortos em Nova Friburgo, a maior parte registrada ontem, quando um prédio de pequeno porte desabou sobre casas no bairro de Olaria. Uma mulher também foi levada pela enxurrada dos deslizamentos, e um carro do Corpo de Bombeiros soterrado deixou três bombeiros mortos e três feridos. Um ainda está desaparecido.
FONTE: http://noticias.uol.com.br
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