Confusão aconteceu em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
Polícia diz que Éverton Silva estava com habilitação vencida.
O jogador do Flamengo Éverton Silva se envolveu em uma briga de trânsito, neste domingo (30), após sair de uma boate em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Durante a discussão, um policial militar do 6º BPM (Tijuca) que estava de folga foi preso. O PM é acusado de atirar contra um carro e roubar o som do veículo.
De acordo com a polícia, a confusão começou quando um carro bateu na traseira do veículo do jogador na Estrada do Catonho, em Jacarepaguá. Um terceiro carro, que vinha em seguida, não conseguiu frear e atingiu o carro que bateu no veículo de Éverton.
Ainda segundo o relato da polícia, dois PMs estavam neste terceiro carro. Um deles desceu do veículo armado e apontando a arma para a cabeça do jogador e dos outros envolvidos no primeiro acidente, perguntou quem era o dono do carro com que ele tinha acabado de colidir. Com receio, os jovens se negaram a dizer quem era o proprietário.
PM atira três vezes
Revoltado, o PM atirou três vezes contra o veículo em que bateu e levou o aparelho de som, alegando que o equipamento seria para ressarcir o seu prejuízo. Um dos ocupantes do segundo carro ligou para a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que foi até ao local.
Revoltado, o PM atirou três vezes contra o veículo em que bateu e levou o aparelho de som, alegando que o equipamento seria para ressarcir o seu prejuízo. Um dos ocupantes do segundo carro ligou para a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que foi até ao local.
O delegado responsável pelo caso, Angelo Lages, da 33ª DP (Realengo), disse que ao perceber a chegada da PM, o jogador Éverton Silva fugiu. A polícia descobriu que o lateral direito não tinha carteira de motorista. Por causa disso, o delegado afirmou que vai indiciar o jogador por dirigir sem carteira de habilitação e por fuga de local de acidente.
Advogado nega versão
O advogado do jogador, Diogo Souza, nega a versão da polícia. Souza explicou que seu cliente estava acompanhado de um amigo, e que parou o carro na Estrada do Catonho para ajudar um primo que estava com problemas em seu veículo. Ao ter o carro atingido, o amigo do jogador ligou para um reboque.
O advogado do jogador, Diogo Souza, nega a versão da polícia. Souza explicou que seu cliente estava acompanhado de um amigo, e que parou o carro na Estrada do Catonho para ajudar um primo que estava com problemas em seu veículo. Ao ter o carro atingido, o amigo do jogador ligou para um reboque.
Segundo o advogado, quando houve o segundo acidente, o carro de Éverton já estava em cima do reboque. Ao escutar os tiros, o jogador foi embora sozinho no reboque.
“Ele ficou com muito medo de ser atingido por uma bala perdida. Como o carro dele já estava em cima do reboque, ele foi embora. Não sei se o Éverton está com a carteira de motorista vencida. O que posso dizer é que essa pessoa que o acompanhava é que estava dirigindo o seu veículo”, afirmou Diogo Souza.
PM é preso por colega de farda
Assim que a PM chegou ao local do acidente, um policial da DPJM deu voz de prisão ao colega de farda. O PM foi encaminhado para a 33ª DP (Realengo). O delegado Angelo Lages explicou que o policial foi atutuado pelos crimes de disparo de arma de fogo em local público, dano patrimonial e roubo qualificado. Segundo Lages, os crimes podem render até 18 anos de prisão.
Assim que a PM chegou ao local do acidente, um policial da DPJM deu voz de prisão ao colega de farda. O PM foi encaminhado para a 33ª DP (Realengo). O delegado Angelo Lages explicou que o policial foi atutuado pelos crimes de disparo de arma de fogo em local público, dano patrimonial e roubo qualificado. Segundo Lages, os crimes podem render até 18 anos de prisão.
O relações-públicas da PM, coronel Lima Castro, afirmou que o PM vai prestar depoimento ainda neste domingo à 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Após prestar esclarecimentos, o policial será encaminhado para exames no hospital da corporação, e, em seguida, ele vai para a unidade prisional da PM, em Benfica, na Zona Norte.
Comportamento inadequado
O coronel classificou como inadequado o comportamento do PM. De acordo com Lima Castro, o policial pode até ser expulso da corporação.
O coronel classificou como inadequado o comportamento do PM. De acordo com Lima Castro, o policial pode até ser expulso da corporação.
“A Polícia Militar está apurando o fato e, caso seja necessário, a punição será rigorosa. Ainda é prematuro se falar de expulsão, mas essa sem dúvida é uma medida que pode ser aplicada”, comentou o coronel.
Arma era de outro PM
Lima Castro informou ainda que a arma usada no crime era do outro PM que estava no carro. No entanto em depoimento, o policial disse que ficou tonto com a batida e não viu quando o amigo pegou a arma. O segundo PM trabalha na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela do Batan, em Realengo, na Zona Oeste.
Lima Castro informou ainda que a arma usada no crime era do outro PM que estava no carro. No entanto em depoimento, o policial disse que ficou tonto com a batida e não viu quando o amigo pegou a arma. O segundo PM trabalha na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela do Batan, em Realengo, na Zona Oeste.
FONTE: G1.GLOBO.COM
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