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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dilma estuda reajuste para mínimo e correção da tabela de IR



O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, informou na segunda-feira por meio da assessoria que a presidente Dilma Rousseff acionou o Ministério da Fazenda e pediu simulações para reajuste do salário mínimo e correção da tabela de Imposto de Renda.
Na próxima quarta-feira, Carvalho se reúne com as centrais sindicais para negociar um reajuste para o salário mínimo maior do que o autorizado pela medida provisória editada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de R$ 540. Os sindicalistas também querem a correção da tabela de Imposto de Renda pelo INPC de 2010, que fechou em 6,47%.
Segundo Carvalho, a presidente ainda está "formulando uma decisão" e a negociação permanecerá aberta até a reunião com as centrais sindicais. A presidente pode optar por um ajuste simples na medida provisória editada por Lula, apenas para atualizar o índice defasado.
Quando Lula editou a MP, o INPC ainda não estava fechado e, por isso, o salário mínimo ficou estabelecido em R$ 540. Com o INPC cheio (6,47%), o salário mínimo seria de R$ 543 e arredondado para R$ 545.
Contudo, há pressão de parlamentares da base aliada e dos sindicalistas para que esse valor seja maior. Deputados e senadores já apresentaram emendas à MP com valores que variam de R$ 560 (emenda do deputado Eduardo Cunha) a até R$ 600 (emenda proposta pela oposição).
O pedido de Dilma para a Fazenda também indica que pode haver uma solução casada, envolvendo um reajuste do mínimo acima dos R$ 545, que atende a vontade das centrais, e até uma correção da tabela do Imposto de Renda, como forma de compensar um aumento do mínimo apenas pelo INPC.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse à Reuters que no governo Lula essas simulações já tinham sido feitas, mas foram para a gaveta quando o ex-presidente bateu o martelo nos R$ 540. "Eu não participei da reunião com a presidente, então não sei o que foi decidido. Mas ela pode querer olhar as simulações antes de decidir", disse.
Até agora, Dilma não falou sobre o tema e não respondeu às manisfestações que os sindicalistas fizeram nas últimas semanas, como o ingresso de ações judiciais para conseguir o reajuste da tabela de Imposto de Renda.

FONTE: TERRA.COM.BR

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