O tempo, o mais democrático e implacável de todos os marcadores. Passa e deixa suas marcas. Há quem diga que o tempo cura, outros pensam que não. Há quem ache que ele passa rápido demais, ou devagar demais. Mas não importa a percepção, ele passa — inexoravelmente.
E foi exatamente esse ponto – o da passagem do tempo – que o respeitado fotógrafo Nicholas Nixon, um americano de 65 anos radicado em Boston, registrou em uma celebrada série de fotografias que comove não apenas pela beleza, mas por sua minuciosa persistência de retratar, sistematicamente e ao longo de 36 anos, da juventude à maturidade, quatro irmãs, uma delas sua mulher, Bebe, a mais velha: as Irmãs Brown.
Nascido em Detroit, Michigan, o fotógrafo começou trabalhando com câmeras de grande formato, influenciado por mestres como Edward Weston e Wlaker Evans, e também por preferir as impressões feitas diretamente a partir do negativo 8×10 polegadas, mantendo, conforme ele diz, “a clareza e integridade da imagem”.
A série Irmãs Brown começou a ser feita em 1975, e é um projeto ainda em andamento. É composta de um único retrato das quatro irmãs a cada ano, com as quatro mulheres em diferentes ângulos ou poses, mas sempre na mesma sequência. O aclamado ensaio foi exibido em museus de grande expressão, como o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA.
Nixon fez a fotos com técnica e ternura, mostrando, no processo, não só a empatia entre a sua mulher e suas cunhadas, mas os efeitos da passagem do tempo nas quatro. No início as irmãs tinham idade variando de 15 a 25 anos. Hoje, vão de 51 a 61. Nas fotos, Bebe, a mulher de Nixon, é sempre a terceira, da esquerda para a direita.
Confiram:
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