Em reunião no Palácio Guanabara, ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o comandante do Comando Militar do Leste, general do Exército Adriano Pereira, e o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), firmaram um plano para a atuação dos militares caso a greve no Rio seja deflagrada.
No caso de uma greve com pequena adesão, a Força Nacional de Segurança será mobilizada. Se a adesão dos policiais for maior, o governador do Rio planeja solicitar auxílio ao Ministério da Defesa, que pode coordenar uma operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO). O Exército colocou à disposição do governo do Rio as tropas de pronto emprego da Brigada de Infantaria Paraquedista, para intervenções imediatas. A Polícia do Exército ficará responsável pelo policiamento ostensivo.
"O número de homens depende do cenário. Todos os homens necessários serão encaminhados pelo governo federal", disse o ministro da Justiça. Na Bahia foram mobilizados 4.500 homens do Exército. A 25ª e a 26ª Brigadas de Infantaria Paraquedista já realizaram intervenções na segurança pública do Rio diversas vezes, como em uma greve de caminhoneiros, em 1986, ou no patrulhamento do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, em 2011.
O patrulhamento das ruas da cidade é a maior preocupação da cúpula da segurança fluminense. Em diversas assembleias e reuniões, os grevistas afirmaram aos colegas que o movimento do Rio seria diferente do deflagrado na Bahia, onde os PMs ocuparam a Assembleia Legislativa. A intenção dos grevistas fluminenses seria fazer uma greve de aquartelamento sem ocupações.
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