Episódios recentes de violência mostraram que o fuzil ainda não foi totalmente retirado das favelas do Complexo do Alemão. Segundo o comandante da força de pacificação, general Rêgo Barros, desde novembro de 2010 mais de 1,8 mil homens fazem a ocupação do complexo, mas continuam havendo traficantes nas favelas: “Esses homens encharcam o Complexo do Alemão com a presença da Polícia Militar (PM). Nosso trabalho é com a sociedade, trazendo sensação de segurança, que é o mais importante”, afirma.
Recentemente, confrontos entre policiais e traficantes deixaram um soldado baleado, explicitam que ainda há traficantes na comunidade. Apesar de a PM não ter feito outra operação pente fino, como foi feito em outras comunidades, há a preocupação de que os morros do Alemão e da Penha ainda não estão totalmente dominados.
Segundo o general, as patrulhas abordam todos os lugares e, eventualmente, encontram algum grupo ilegal. Rêgo Barros afirma que as tropas estão usando um novo tipo de armamento, com o uso de escopetas e armas não-letais, além do fuzil. “O objetivo do Comando Militar do Leste é que haja uma diminuição da letalidade das tropas. Nós temos que manter o fuzil, mas armas não letais, que utilizam balas de borrachas e munição de menor impacto”, explica o general.
De acordo com o especialista em segurança do Bom Dia Brasil, Rodrigo Pimentel, a população ainda está com medo e algumas pessoas ligadas ao tráfico ainda circulam pelo complexo. Mas, segundo o general Rêgo Barros, a transferência da área de responsabilidade do Exército para a PM será feita depois de uma operação com cooperação do Exército, Polícia Militar e Polícia Civil, que seria uma espécie de operação de varredura.
“No tempo entre a ocupação e essa operação, estamos afogando as áreas, patrulhando, identificando, buscando corrigir eventuais posicionamentos de tropa, de forma que a segurança se faça presente e a população possa esquecer o medo e a insegurança”, ressalta o general Rêgo Barros.
Ainda de acordo com o general Rêgo Barros, há um acordo estendido para passar o controle das áreas do Alemão e da Penha para a Polícia Militar em junho de 2012. “Enquanto isso, as Unidades de Polícia Pacificadora vão sendo instaladas sob coordenação com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. A previsão é iniciar essa passagem de responsabilidade em abril de 2012”, esclarece o general.
NOTA: A ENTREVISTA EM VÍDEO PODE SER ACESSADA ATRAVÉS DO LINK ABAIXO:
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