Muitos laços afetivos unem a história do presidente Itamar Franco à nossa Universidade… Sem sua contribuição, certamente nossa história seria menor”. Assim o Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Henrique Duque, resumiu, em seu discurso emocionado, a estreita ligação que o ex-presidente Itamar Franco tinha com a instituição. Na manhã desta sexta-feira, dia 29, no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), foi assinada a portaria de criação do Memorial da República Presidente Itamar Franco, firmando publicamente a transferência do acervo com a memória da vida política de Itamar Franco à UFJF.
“A escolha, por nosso pai, da Universidade como destinatária do acervo foi motivada por duas razões: a vontade de mantê-lo na cidade que tanto o amou e a certeza de que a Universidade, comprometida com a promoção da cultura e a preservação da memória nacional e local, daria a ele os fins a que destinou”, pontuou Georgiana Surerus Franco, em nome também da irmã, Fabiana, filhas de Itamar.
Convidado a falar um pouco sobre a relevância do homem público mais importante de Juiz de Fora, e grande homenageado do dia, o jornalista Paulo César Magela, resumiu a vida de Itamar em uma palavra: ética. “Itamar nos provou que é possível governar dessa maneira. Ele agia por convicção e certeza. A dúvida é preciso, mas é fundamental achar a verdade”, ressaltou.
O arquiteto Rogério Aguiar, apresentou o projeto, de sua autoria, do Memorial da República que vai abrigar o acervo com aproximadamente 302.400 correspondências populares dirigidas ao Presidente da República, mais de cinco mil títulos bibliográficos de expressivas áreas de saber, vultuoso arquivo de imagens e objetos pessoais. O prédio será edificado ao lado do Mamm, antiga Reitoria, no Centro da cidade, totalizando 810,50 metros quadrados de área construída em dois blocos distintos.
Como bem afirmou o Reitor, “maior que seu legado é o seu exemplo. Se o sentimento contido no acervo for bem explorado pelos responsáveis das exposições, os visitantes vão conhecer um outro Itamar: brincalhão, amável, cavalheiro”, salientou o diretor do Museu do Crédito Real, onde o acervo se encontra hoje, Roberto Dilly.
Para o ex-ministro da Educação do governo Itamar, Murílio Hingel, “estamos recuperando parte da história de Juiz de Fora, Minas Gerais e do Brasil, e a Universidade é o local ideal para esta homenagem, já que aproxima das pessoas a cultura, e o saber é uma de suas atribuições”. Segundo o prefeito Custódio Matos, “tudo o que o Brasil fizer para preservar esta história é pouco. O país deve isso ao Itamar. Exemplo permanente de homem íntegro”.
Outras informações: (32) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura)
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