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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Exército em novelas?

Muitas coisas estranhas têm ocorrido neste País, principalmente na Era Lula. Fatos que não se poderia imaginar que ocorressem tendo em vista o respeito às instituições e às autoridades constituídas estão decepcionando a vida pública.

Todo mundo sabe o conceito das novelas nas televisões brasileiras, de modo especial na Rede Globo, que explora o assunto com o nome de trama de modo a constituir parte substancial de sua receita de bilhões de reais.

Nas tramas tem de tudo: do sexo à droga, do estupro ao assassinato, do assalto ao conluio matrimonial. Muitas cenas são chocantes até para casais. Afinal, com a evolução (ou involução) das normas da família, manipuladas pelas emissoras que as mais das vezes agridem os costumes, ninguém tem ideia de como se comportará a sociedade brasileira daqui a alguns anos.

Em nome da liberdade de imprensa, as emissoras levam ao vídeo cenas totalmente incompatíveis com os princípios morais da sociedade. Ninguém sabe quando terá fim tamanho absurdo.

Algum dia alguém pensou que no Brasil um general do Exército, fardado, participasse de trama de novela, logo de um canal sem tradição? Pois é o que está ocorrendo no SBT, na novela Amor e Revolução. O público estranha a utilização de farda do Exército. Generais, coronéis e outras patentes numa trama sem interesse público, mas seguramente com segundas intenções políticas.

Qual é a autoridade que tem qualquer novelista para interpretar a posição de um general ou coronel? Não duvidem nada que depois da novela surjam casos que já ocorreram com outros setores militares, quando o bandido utiliza a farda de uma corporação para cometer crimes.

Ninguém sabe onde estava o ministro da Defesa que, se consultado, concordou com generais fardados em novelas. Se não foi consultado, já deveria ter agido em defesa das Forças Armadas. Como o “general” (com aspas) teve acesso ao uniforme dos militares? O dever do ministro da Defesa é mandar apreendê-lo.

Felizmente, o fracasso da novela, segundo a Folha de S. Paulo (8/6/2011), é confortador. A trama registrou 3,3 pontos de audiência, equivalendo cada ponto a 58 mil domicílios.

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