sexta-feira, 15 de abril de 2011

MAIS UM QUE DEIXA A BOQUINHA EM MINAS GERAIS: Wellington Magalhães entrega o cargo após decisão do TSE


O ex-vereador Wellington Magalhães (PMN), que teve a cassação mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), renunciou, na tarde desta quinta-feira (14), ao cargo de vice-diretor geral da Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg). Mais cedo, ao ser questionado sobre a decisão do TSE, o governador Antonio Anastasia (PSDB) declarou que iria esperar a publicação da sentença no Diário Oficial para adotar “medidas cabíveis”. Além de se antecipar ao governador, Magalhães informou que será candidato a vereador em 2012.

Wellington Magalhães foi condenado pelo TRE por abuso de poder econômico nas eleições 2008, quando venceu disputa por uma vaga na Câmara de BH. Ele teria distribuído sopa a eleitores e ainda produzido um jornal para fazer campanha. Teve o mandato cassado. Tentou, em 2010, disputar a eleição para deputado estadual. Foi barrado, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que restringe a candidatura de quem foi condenado por decisão colegiada. Recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e teve o registro liberado, mas acabou desistindo da disputa. Na quarta-feira, o TSE confirmou a condenação. Com essa decisão, o ex-vereador tornou-se um ficha suja. Uma lei estadual proíbe a nomeação de fichas-sujas.


“Não vou esperar a decisão do governador. Coloquei o cargo à disposição e estou me retirando. Não quero viver nessa turbulência”, afirmou Magalhães. No cargo da Ademg o ex-vereador teria salário de R$ 7 mil mensais. “Não sou ficha suja. Tive meu registro de candidatura para deputado estadual aprovado”, retrucou o ex-vereador.


Magalhães teve o registro inicialmente liberado porque o TSE entendeu que a ação proposta pelo TRE de Minas não era uma representação eleitoral, mas um ato que decorreu de uma ação de impugnação de mandato eletivo.


Na decisão da última quarta-feira (13), o relator do processo, ministro Arnaldo Versiani, sustentou que os “autos comprovam que a potencialidade dos atos ilícitos ficou perfeitamente caracterizada tal como atestada pelo tribunal mineiro, principalmente no que diz respeito à distribuição de sopa realizada em local com inúmeros cartazes do candidato afixados em áreas internas e externas, com carro de som tocando jingles do candidato e várias pessoas portando botons em suas roupas”.


Na quinta-feira à noite, o Governo de Minas confirmou que o ex-deputado federal Edmar Moreira (PR) pediu para deixar a vice-diretoria da Minas Gerais Participações S.A (MGI), empresa da administração indireta vinculada à Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais. Moreira chegou a ser processado pela Câmara dos Deputados por suposto uso irregular de verba indenizatória. Foi absolvido.


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