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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CHUVAS EM JUIZ DE FORA - BAIRROS


A chuva da madrugada de segunda-feira (9) provocou inundações nas ruas do Bairro Industrial, na Zona Norte. O Córrego Humaitá transbordou, alagando a Avenida Lúcio Bittencourt. Apesar de alguns moradores contestarem a eficiência do dispositivo de alerta colocado pela Defesa Civil nas margens do Rio Paraibuna, o órgão garante que não houve registro de falha no funcionamento.
Segundo a pasta, o que pode ter havido é um desábito da população em relação ao sistema. No mesmo bairro, a Rua Henrique Simões e outras duas do entorno, que dão acesso à Avenida Brasil, foram interditadas para trânsito de veículos, já que o nível da água continuava subindo.
Segundo a Defesa Civil, o alagamento atingiu 50cm acima do solo, tendo descido cerca de 10cm até o fim da tarde. Na maioria das casas, as garagens estavam alagadas, e moradores se apressavam para levantar os móveis. "Já coloquei tudo para o alto. Vamos ficar vigiando. Se a chuva continuar, vamos largar tudo para trás e ir para casa de parentes", afirmou o aposentado Geraldo de Oliveira. Nas ruas, carros chegaram a ser invadidos pela enchente.
Por causa da cheia do Paraibuna, a Defesa Civil emitiu alerta à população dos bairros Industrial e Ponte Preta. Neste último, ainda pela manhã, a água passava rente aos fundos da casa, mas não houve registro de alagamentos até o fim do dia. Na ponte de Santa Terezinha, a régua da Defesa Civil que mede a profundidade do rio marcava 2,75m, quase um metro acima da média, que é de 1,9m.
  Já no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, pelo menos 18 casas foram invadidas por água de esgoto
Cidade Alta
Já no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, pelo menos 18 casas foram invadidas por água de esgoto em decorrência da chuva. Segundo os moradores, o problema vem ocorrendo desde o início das obras da BR-440. Nos fundos da casa da empresária Suely Martins, na Avenida Senhor dos Passos, formou-se uma verdadeira piscina no quintal de quase dois mil metros quadrados. Com medo da água invadir a casa, a família colocou barreiras nas portas, com pedaços de tijolos.
No imóvel ao lado, o terreno também foi tomado pela água suja. Moradores improvisaram tábuas para passar, evitando o contato com a enchente, que chegou a alcançar 50cm de altura. Na Rua Ângela Maria de Jesus, local conhecido como Vila São Jorge, os problemas são ainda maiores. Em algumas residências, na tarde de ontem, a água estava a quase 1m de altura. "A gente fica a noite toda com lanterna do lado para ver se a água está subindo", desabafa a dona de casa Margarida Serrinha. Na rua onde mora, as residências ficam em terrenos abaixo do nível da obra da BR-440, e os fundos das casas são os primeiros a serem alagados.  
Moradores afirmam que já recorreram à empresa que executa as obras da rodovia, mas não obtiveram retorno. Contam que a Defesa Civil esteve no local e que teria verificado que o retorno do esgoto seria por causa da represa e dos problemas relativos à construção da BR-440. Ainda de acordo com os moradores, a Secretaria de Obras garantiu que, no período de estiagem, o problema será resolvido. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da pasta.

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