A chuva da madrugada dessa segunda-feira (9) provocou alagamentos nas ruas do Bairro Industrial, Zona Norte de Juiz de Fora. O córrego Humaitá transbordou e a Avenida Lúcio Bittencourt ficou alagada. Os moradores dizem que a sirene, reinstalada às margens do Rio Paraibuna na semana passada, não teria funcionado. "Esse alarme não adiantou de nada", contou a auxiliar de serviços gerais, Geovani Cabrini. O alarme foi colocado juntamente com uma régua no Rio Paraibuna, com o objetivo de minimizar os riscos durante o temporal. O dispositivo, de seis metros de altura, é programado para acender luzes vermelhas quando a água atinge o nível considerado suportável, a um metro de sair do leito normal. Quando a água sobe mais meio metro o nível fica intolerável, e um aviso sonoro é acionado. Na ponte Santa Terezinha, a régua da Defesa Civil que mede a profundidade do Paraibuna, marcava 2,75m, quase um metro acima da média, que é de 1,9m.
Três ruas paralelas à Rua Henrique Simões, que dão acesso à Avenida Brasil, foram interditadas pela Defesa Civil para trânsito de veículos, já que o nível da água não parava de subir durante o início da manhã. Na maioria das casas, as garagens estavam alagadas e moradores se apressavam para levantar os móveis das casas. "Já coloquei tudo para o alto. Vamos ficar vigiando: se a chuva continuar, vamos largar tudo para trás e ir para casa de parentes", afirmou o aposentado Geraldo de Oliveira. Junto com ele, moram três crianças e mais sete adultos. No quintal, a água já tinha alcançado 30 cm de altura.
Os carros que estavam nas ruas foram invadidos pela enchente. Ao ver a água se aproximando, o lanterneiro Edmilson de Oliveira, que tem uma oficina em casa, conseguiu tirar um carro de cliente que estava na garagem. "Lá trás tem mais três. Agora é rezar para a situação melhorar. Em outros anos que teve enchente aqui, não deu tempo de tirar nada e fiquei no prejuízo", lamenta.
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