VISUALIZAÇÕES

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ação deflagrada visa apurar convênios da Ong com Ministério do Esporte


Policiais estiveram no Instituto Cidade pela manhã
Policiais estiveram no Instituto Cidade pela manhã
Já na fábrica, Ministério do Trabalho verificou supostas irregularidades trabalhistas
Já na fábrica, Ministério do Trabalho verificou supostas irregularidades trabalhistas

Documentos referentes à contabilidade foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) de Juiz de Fora na operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (10), que busca cumprir mandados de busca e apreensão com o objetivo de apurar eventual relação de crimes nos convênios firmados entre o Ministério do Esporte e a Organização Não Governamental (ONG) Instituto Cidade, sediada em Juiz de Fora. Os documentos foram retirados da sede da ONG, localizada na Avenida Francisco Bernardino, Centro, e também na fábrica que produz artigos esportivos para o instituto, na Rua José Eutrópio, no Santa Terezeinha, Zona Nordeste. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Juiz de Fora. Ninguém foi preso.
Na fábrica, onde havia pelo menos 30 funcionários durante a manhã, também há suspeita de irregularidades trabalhistas. Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram acionados pela PF e estiveram no local.
Ação
Conforme nota expedida pela PF, o inquérito foi instaurado após levantamentos e dados publicados pela imprensa local e nacional. Ainda segundo a nota, o montante recebido nos últimos anos atinge, aproximadamente, R$ 9,5 milhões em repasses financeiros. Nenhuma informação concreta sobre documentos apreendidos foi repassada à imprensa, no entanto, de acordo com os policiais, "os levantamentos iniciais demonstraram frontal discrepância entre o montante dos repasses financeiros e a precariedade dos núcleos abrangidos pelo programa do esporte."
Inicialmente, os crimes são tipificados nos artigos 312 e 313 do Código Penal, relativos à apropriação ilegal de valores ou imóveis por funcionário público e inserção de dados falsos que resultem em dano para a administração pública. As penas variam de dois a 12 anos de reclusão.
Segundo Tempo
O programa Segundo Tempo, projeto esportivo considerado carro-chefe do Ministério do Esporte e alvo de denúncias de corrupção contra o ministro Orlando Silva, era executado em Juiz de Fora até o mês passado pelo Instituto Cidade, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). A entidade, criada em 2003, viu sua sorte mudar em 2007, quando passou a contar com liberações milionárias por parte do Governo federal. Só pelo Segundo Tempo, a entidade recebeu mais de R$ 4 milhões em apenas quatro anos, dinheiro destinado à manutenção de 90 núcleos esportivos comunitários na cidade e região. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário