Um oficial que fez parte da Força de Pacificação no Complexo do Alemão nos últimos três meses ‘perdeu’ um fuzil Parafal, calibre 7.62, quatro carregadores e 80 cápsulas. A arma teria desaparecido dentro da base da antiga fábrica da Coca-Cola . O caso só foi descoberto na noite de quinta-feira, quando foi feita a contagem de armamento. O Comando Militar do Leste (CML), que não respondeu às ligações de O DIA sobre o caso, à noite, divulgou nota oficial admitindo o fato.
Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar o primeiro caso de sumiço de armas desde o início da ocupação das tropas no Alemão e na Penha, no fim do ano passado.
A 9ª Brigada de Infantaria Motorizada assumiu em fevereiro e hoje, oficialmente, dá lugar à 11ªBrigada de Infantaria Leve de Campinas (SP). A investigação do caso está a cargo da 2ª Companhia de Inteligência do Comando Militar do Exército. Relatórios feitos pelos militares que trabalharam dentro do Alemão indicam que o tráfico continua ocorrendo, mas sem ostentar armamento.
Um oficial, que pediu para não ser identificado, demonstrou revolta depois de meses de trabalho nas favelas: “A incompetência é muito grande. O tráfico continua na comunidade firme e forte, e a intenção do comando é fazer vista grossa e o tráfico nos deixa em paz. Mas até quando?”, desabafou o militar. No mercado negro, um fuzil 7.62 vale cerca de R$ 50 mil.
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